Solenidade de Nosso Senhor  Jesus Cristo, Rei do Universo
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“Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?”

Diác.Bartolomeude Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu

Evangelho (Mt 25,14-30)

A Festa de Cristo Rei Glorioso, criada pelo Papa Pio XI, no Ano Santo de 1925, para recordar o XVI aniversário da Proclamação Dogmática do Concílio de Nicéia (Símbolo Niceno-Constantinopolitano), de que Jesus Cristo é consubstancial ao Pai. Ensina-nos a profissão de fé elaborada naquele Concílio conhecido como o “credo mais longo”.
Na reforma litúrgica feita em decorrência do Concílio Vaticano II, a festa foi remanejada para o último Domingo do Ano Litúrgico. Cristo Rei do Universo sempre Glorioso, Soberano e Bendito Rei dos reis, Senhor dos senhores (cf. Tim 6,15), é este Senhor que celebramos hoje, ao mesmo tempo em que recordamos que a convergência para Ele de todas as criaturas da terra e do céu (cf. Ef 1,10), ainda que tenha sua lógica e necessidade, não é um fato messiânico, é fruto de uma intensa atividade das criaturas, como vemos na parábola dos talentos, da qual participamos no domingo passado. Aí compreendemos a expressão “obra de misericórdia”. Algumas citadas no Evangelho de hoje (vinde benditos do meu Pai, recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo. Tive fome me deste de comer; tive sede e me deste de beber; era estrangeiro e me acolhestes, estava nu e me vestistes (cf. Mt 25,35-36).
Este e quase todo o Evangelho é sobre Misericórdia. Fala-nos do julgamento final, como juízo Celeste; Rei Pastor em seu trono Glorioso com os Anjos; assim a Misericórdia nos convida a olharmos bem no fundo do coração e buscar uma atitude prática e bem concreta pelos menos favorecidos. Seja os que estão sem roupas ou sem comer, presos ou doentes, ou aquele que tem necessidades, fome ou sede da Palavra do Rei do universo.
As leituras desta Liturgia falam do Reino de Deus segundo o ensinamento de Jesus. Na primeira leitura o profeta Ezequiel retrata a imagem do Bom Pastor. Ressalta a bondade de Deus em seu papel de condutor da humanidade e seu criador amoroso e afetuoso.
O povo estava exilado e o profeta os encoraja, os reanima, suscita-lhes esperança e aponta na forma de viver na fé, ajuda a comunidade a compreender que independentemente de onde estiverem, Deus não os desampara, vai sempre estender a mão aos que sofrem, e ensina como o Bom Pastor vem em socorro de seu rebanho como o pai que recebe seu filho (parábola do filho pródigo, Lc 15,11) que voltou de coração contrito à casa do pai e diz: pequei contra Deus e contra ti.