Sobre o Sínodo, Dom Jaime afirma ser um caminho para buscar afinar a sintonia com a tradição e a identidade da Igreja
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A sede do Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), em Bogotá (Colômbia), acolhe de 29 a 31 de agosto o encontro daqueles que irão participar da Assembleia Sinodal em outubro no Vaticano como membros e como facilitadores. Quase 50 participantes, bispos, leigos e leigas, membros da vida religiosa, presbíteros, representando 22 conferências episcopais que integram o Celam. Do Brasil, participam 7 representantes.

Sobre o encontro, o arcebispo de Porto Alegre (RS),  presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Celam, dom Jaime Spengler, em entrevista que concedeu ao jornalista padre Luís Miguel Modino, jornalista do Celam e do Norte 1 da CNBB, destacou três pontos. O primeiro deles, segundo o presidente da CNBB, é a importância de se encontrar para rezar. “Rezar juntos, afinal, é o Espírito de Deus que nos inspira”, disse.

O segundo aspecto destacado pelo prelado, é a oportunidade que o encontro oferece de “saber quem somos, de onde viemos? E quais as nossas expectativas”, disse. Por último, mas não menos importante, o presidente da CNBB destaca como oportuno o encontro por promover o diálogo em torno do temas do Sínodo sobre Sinodalidade: a Igreja com seus diversos aspectos.

“Certamente, uma oportunidade como esta, se torna um tempo privilegiado para realmente buscarmos sintonizar o nosso discurso, a nossa fala”, disse.

Facilitadores da etapa universal

Dom Jaime destacou também que a sinodalidade já está presente, em muitos âmbitos, na vida esclesial da Igreja. Como exemplo, ele citou o fato de o encontro promovido pelo Celam contar com a participação de representantes da vida religiosa, presbíteros e do laicato da América Latina que serão facilitadores das etapas universais do Sínodo, em Roma, em outubro deste ano e em 2024.

“A sinodalidade está presente e desejamos avançar neste modo de ser Igreja. De alguma forma, já estamos neste espírito. Nos nossos conselhos paroquiais, de pastoral, de assuntos econômicos. Os conselhos diocesanos: presbiteral, diaconal e pastoral. É um pouco este espírito que o Santo Padre pede que retomemos numa nova tonalidade. Por isto, dizia ontem ‘sintonia’, pegar o tom. Pegar a sintonia do que o Santo Padre está nos pedindo neste momento. Não são bandeiras, é a identidade da Igreja segundo os critérios do Evangelho, da tradição dos Santos Padres e da grande e bela tradição da Igreja”, disse.

Veja a íntegra da entrevista (aqui)