17º Domingo do Tempo Comum
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Diác. Edson Moura
Capelania Militar – Igreja São Luís Gonzaga – Quartel de Itu

“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém.”

Evangelho (Mt 13,44-52)

Amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, neste domingo encerramos o capítulo treze do Evangelho de São Mateus, com as parábolas do Reino de Deus contadas por Jesus.

Aprendemos que a intenção de Jesus ao narrar e ensinar tudo em parábolas (comparações), tinha e tem o intuito de colocar os seus ouvintes para pensar e aprender com comparações próprias tanto no dia a dia do tempo de Jesus, como no nosso tempo também.

Nesse final de semana Jesus conta novamente três parábolas, duas estão ligadas entre si com algumas diferenças interessantes e uma que é semelhante à parábola do joio e o do trigo contada por Jesus no final de semana passada.

Antes de entrarmos nas duas primeiras parábolas, consideradas “gêmeas”, levemos em consideração que no tempo de Jesus se havia muitas invasões e guerras, os povos tinham que mudar rapidamente, abandonando muitos bens que não podiam carregá-los enterravam-nos em suas propriedades na esperança de um dia recuperá-los, porém não conseguiam voltar e as terras eram ocupadas por outros donos que naturalmente não sabiam deste “tesouro” enterrado.

Assim sendo Jesus compara o Reino de Deus como alguém que acha esse tesouro, vende tudo o que tem para possuí-lo, está disposto a renunciar a tudo para não o perder. Quando por exemplo temos uma vida desregrada e cheias de vícios e pecados, que ferem a nossa convivência pessoal com Deus e encontramos esse tesouro que é o próprio Cristo, mudamos totalmente de vida e causamos até falsas impressões em pessoas que estavam acostumadas verem o velho homem sendo convertido em um novo homem, que abre mão de tudo aquilo que lhe agradava para nunca mais perder este tesouro precioso que é o Reino de Deus e o convívio pessoal com Ele já nesta vida.

Quando descobrimos Cristo nunca mais seremos os mesmos e esse é o grande tesouro, a pérola preciosa de nossas vidas, portanto, devemos sempre nos perguntar quais são os tesouros de nossa vida, eles apontam para o Reino de Deus, ou seja, para Jesus Cristo?

As grandes oportunidades passam pelas nossas vidas e queremos estar atentos para agarrá-las, e com o Reino de Deus não deve ser diferente devemos aprender e estar atentos aos ensinamentos do Evangelho de Jesus, anunciado pela sua Igreja e com urgência tomar esta decisão de “ter” este tesouro.

Quem encontra este tesouro não anda por aí triste e tomando decisões erradas que prejudicam sua vida e a dos seus entes, pelo contrário, mesmo nas dificuldades e cruzes do dia a dia, carrega sua cruz com coragem na certeza que nunca perderá o tesouro do Reino, pois tem algo muito maior a sua espera.

Consideremos as diferenças entre as duas parábolas, na primeira um homem descobre o tesouro por acaso, na outra depois de longa procura encontra-se a perola, as duas são encontradas uma devida a sorte e outra ao esforço, onde as duas se completam uma é Dom gratuito de Deus e fruto da procura do homem.

A terceira parábola é semelhante a do joio e trigo, o justo e o injusto viverão juntos até o dia em que o Justo Juiz vier até nós, fato é que todos nós temos em nossos corações e nossas vidas a necessidade da conversão diária, por vezes pensamos que em nossos corações só há trigo, mas a verdade é que temos também o nosso joio e a necessidade de melhorar o “terreno” de nosso coração, assim também a Igreja que é esta grande rede que pesca a todos os homens e que a exemplo de Jesus, não devem fazer acepção de pessoas e sim ajudá-las a vencer o pecado e a encontrar o maior tesouro de nossa vida, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Deus nos abençoe.