Segundo-vice presidente fala dos desafios à frente da CNBB no quadriênio 2019-2023 e perspectivas para nova presidência
Compartilhe

O portal da CNBB preparou uma série de reportagens com os membros da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre o balanço da gestão no quadriênio 2019-2023, que se finda com o encerramento da 60ª Assembleia Geral da CNBB, que será realizada de 19 a 28 de abril, em Aparecida (SP).

Dom Mário Antonio Silva. | Foto: Ascom CNBB

Para o segundo-vice presidente da conferência, arcebispo de Cuiabá (MT), dom Mário Antônio Silva, o desafio dessa gestão se dividiu entre a unidade e a comunhão do episcopado e a sinodalidade na Igreja no Brasil tão defendida Pelo Papa Francisco.

Dom Mário destacou ainda a fase difícil da pandemia da Covid-19 e todos os desafios que tiveram de ser superados por causa do distanciamento social e a preocupação da presidência com a gestão e a sustentabilidade da CNBB. Leia, abaixo, a entrevista na íntegra. 

Que aspectos o senhor destaca da gestão de vocês à frente da CNBB no período de 2019-2023? 

Destaco o espírito de comunhão entre os membros da presidência à serviço da Conferência Episcopal e da Igreja no Brasil. Destaco a comunicação clara e objetiva, procurando semear a Esperança nas questões difíceis e partilhar as alegrias nos fatos celebrativos. Também destacou a preocupação da nossa presidência com a gestão e a sustentabilidade da CNBB no quadriênio que se finda e também no planejamento para o próximo ano.  

O que conduziu e orientou a ação desta da presidência na condução da Conferência neste período?

O Espírito Santo nos conduziu e nos iluminou dando-nos a possibilidade de indicar caminhos de unidade e de sinodalidade. Nos orientou a força da palavra de Deus e a confiança do povo brasileiro em nossa conferência na luta pelas causas eclesiais e sociais. 

Aponte uma alegria, uma história ou algo que o marcou neste período como membro da presidência?

Aponto uma prática no tempo da pandemia [da covid-19] que marcou a minha atuação como segundo vice-presidente. Uma prática de inúmeras videoconferências com os regionais da CNBB, favorecendo a escuta das dores e alegrias, bem como partilha de experiências vitoriosas e outras angustiantes dos irmãos bispos junto às suas dioceses. Tudo isso nos fez sentir mais próximos e mais solidários como pastores frente às necessidades do nosso povo. 

Como avalia a atual composição da presidência da CNBB com quatro membros?

Avalio que favorece a entre ajuda nos serviços e a partilha de atribuições necessárias. Considero uma composição positiva e bem aceita pelos membros da conferência, além de oportunizar melhor representatividade do episcopado nacional. 

Que pontos são centrais e desafiam a atuação da CNBB nos próximos anos?

Para mim, os pontos centrais que sempre desafiaram e continuarão desafiando são a unidade e a comunhão do episcopado. E considero também um desafio, a elaboração das diretrizes evangelizadoras, que sinalizem a esperança de um caminho sinodal na liturgia, na eclesiologia em nossos tempos. Minha oração para que a cada Assembleia Geral, a conferência nacional dos bispos do Brasil se fortaleça no serviço à Igreja, atenta aos sinais de nosso tempo.