7º Domingo do Tempo Comum
Diác. Francisco Martins
Paróquia São Cristóvão
“Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”
Evangelho (Mt 5,38-48)
Neste 7º Domingo do Tempo Comum, Jesus quer que, vençamos o mal, com o bem. Quer um amor traduzido em gestos concretos. E espontânea é a pergunta; como é que Jesus deu um Mandamento como este? A realidade é que Ele quer que a nossa conduta tenha como modelo a mesma de Deus, seu Pai, que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos”. (Mt 5,45) É isto. Não estamos sozinhos no mundo; temos um Pai e devemos nos assemelhar a ele.
Não é só Deus, que deseja esse nosso comportamento. porque enquanto nós éramos seus inimigos, estávamos ainda no mal. Ele foi o primeiro a nos amar, mandando-nos o seu Filho, que morreu daquela maneira terrível por nós, cada um de nós.
Só pelo amor divino, podemos ser perfeitos como Pai. Pois, é difícil viver este preceito: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos Céus”. “Portanto, sede vós perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. Além de nos pedir para amar os nossos inimigos, Jesus nos pede para que rezemos pelos que nos perseguem. Parece algo impossível, principalmente, quando observamos algumas famílias onde os pais, mães, filhos e irmãos tem uma convivência difícil. Se isso acontece com as famílias, que naturalmente deveriam se amar, como fazer para amar o meu inimigo? Quem é meu inimigo? Aquela pessoa que se sente bem, sente prazer ao me prejudicar aquela pessoa que é capaz de despertar em mim os sentimentos ruins como a mágoa, angústia, o desprezo, a ira: “Amai os vossos inimigos”.
Podemos começar rezando por eles. Pedir ao Espírito Santo que se faça presente em nossos corações, para que sejamos capazes de amar com o amor divino. Que sejamos capazes de fazer o bem a quem nos fez mal, de amar quem nos odeia e perdoar aqueles que praticam o mal.
No Evangelho de hoje Jesus nos ensina que pelo amor, pelo perdão, pela misericórdia, podemos viver em comunhão e fraternidade, contribuindo assim para um mundo melhor. “A cruz é para os cristãos um sinal evidente de que, de fato, é possível amar os próprios inimigos”. Devemos imitar o exemplo de Jesus, na cruz, nos deu a maior prova de amor aos inimigos.
Senhor, ensina-nos a amar não somente que são nossos, a não somente os que amamos. Ensina-nos a pensar: nos outros e a amar, em primeiro lugar, aqueles a quem ninguém ama.