A vida de São José – A terceira gruta
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Pe. Daniel Bevilacqua Santos Romano
Vigário na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat – Salto/SP

 

Saindo da gruta do leite, São José continua conduzindo sua família para o Egito e vai dizer o relato que, no caminho, ele via as palmeiras se curvando ao menino Jesus e isso o levou a elevar orações de ação de graças por compreender àquele menino como especial não somente por ser filho de Maria mas por ser principalmente Filho de Deus. E José se sente agradecido por esta confiança dada pelo Pai, à missão de proteger esta criança.
E nós? Aprendemos a custodiar Jesus em nossa vida?
“Sempre devemos nos interrogar se estamos protegendo, com todas as nossas forças, Jesus e Maria, que misteriosamente estão confiados à nossa responsabilidade, ao nosso cuidado, à nossa guarda.” (Patris Corde)
Chegando ao Egito, também relata este conto Ágrafo que conforme José passava, puxando Maria e Jesus em cima do jumentinho, por um corredor de estatuas dos deuses pagãos, essas se desmoronavam e caiam por terra. E Maria exclamava que realmente o seu Filho era o Deus dos deuses.
Hoje o mundo nos apresenta inúmeras idolatrias: dinheiro, prestígio, sucesso, seguidores nas redes sociais, o culto ao corpo, bens materiais, casa, carro, celular, filhos, afetos, autolatria, drogas, pornografia…
Como você tem lidado com suas idolatrias? Elas sempre ocupam o lugar do Verdadeiro Deus em nossa vida; conseguimos reconhecê-las no cotidiano?
José muito atento, ouvindo então um vozerio de malfeitores, procura um novo lugar para se esconder e entra numa terceira gruta. Permanecem ali quietinhos esperando esses ladrões passarem, mas um deles suspeitando haver alguém dentro desta gruta, resolve ficar mais atrás e nela entrar. Neste momento, São José pula na frente de Maria e do menino para protegê-los e pede a este ladrão que não faça nada com sua família.
Após uma boa conversa, este ladrão compreende a situação e vai dizer este conto que além de desistir de fazer algum mal à Sagrada Família, também oferece ajuda encontrando para eles uma casa para morar durante todo o tempo de exílio no Egito.
Os rapazes como têm vivido sua virilidade? Como têm se espelhado em São José para serem um bom esposo, pai e chefe de família?
Quando ouvimos na proclamação do Evangelho: “Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne.” (Mt 19, 5) A Palavra é muito clara, diz que o homem se unirá à sua mulher, não o menino, o moleque ou o garoto, mas o homem crescido, maduro, responsável, consciente. Não se unirá à menina, à garotinha mas à mulher madura, responsável e consciente.
Como temos levado adiante o sacramento do matrimônio entre os nossos jovens?
“Em uma leitura superficial destas passagens, a impressão que se tem é a de que o mundo está à mercê dos fortes e poderosos, mas a Boa-Notícia do Evangelho consiste precisamente em mostrar como, não obstante a arrogância e a violência dos dominadores terrenos, Deus encontra sempre a forma de realizar o seu plano de salvação. Às vezes, também a nossa vida parece à mercê dos poderes mais fortes, mas o Evangelho nos diz que Deus consegue sempre salvar aquilo que conta, desde que usemos a mesma coragem criativa do carpinteiro de Nazaré, o qual sabe transformar um problema em uma oportunidade, colocando sempre a sua confiança na Providência.” (Patris Corde)
Sugiro algumas citações para ajudá-los na reflexão: 1Tm 6, 3-10; Rm 1, 24-32; 1Jo 2, 12-17

Queridos amigos, os desígnios de Deus levaram-me para a Paróquia São Paulo Apóstolo em Cajamar. Por isso gostaria de agradecer de coração a toda equipe do jornal A Federação por esse tempo. Foram 148 artigos ao longo dos três anos que passamos juntos. E aqui me despeço de todos pedindo humildemente que rezem por mim nesta nova missão que o Senhor me confia. Que Deus os abençoe e a Virgem Mãe da Candelária ilumine todos seus caminhos!