Em família: Educar para a afetividade
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Subsídio 08 – Tema 03

A palavra do Papa
“Numa época em que a sexualidade é frequentemente reduzida ao mero consumo, para uso do outro, as famílias têm a tarefa de educar os filhos na afetividade e em uma sexualidade responsável que respeite a dignidade da pessoa.”
“Quem fala hoje destas coisas? Quem é capaz de levar os jovens a sério? Quem os ajuda a preparar-se seriamente para um amor grande e generoso? Não se leva a sério a educação sexual.” (AL 284)
“Tem um valor imenso uma educação sexual que promova um pudor sadio, embora hoje alguns considerem que é questão de outros tempos. É uma defesa natural da pessoa que resguarda a sua interioridade e evita ser transformada em mero objeto.” (AL 282)

O testemunho das famílias: Massimo Paoloni

“Estamos sempre atentos aos perigos do mundo, especialmente em relação às novas tecnologias. Estamos muito conscientes dos perigos que estão por trás delas, por isso estamos muito vigilantes. Tentamos protegê-los: os convidamos a utilizar o computador num espaço comum, só damos o celular quando eles se tornam maiores de idade. Acima de tudo, os convidamos às virtudes da castidade, humildade e sinceridade, não como moralismo, mas compartilhando com eles a nossa experiência pessoal, pois vimos que o Senhor nos ajudou em nossa vida e também os ajudará.”
“O encontro educativo entre pais e filhos pode ser facilitado ou prejudicado pelas tecnologias de comunicação e distração, cada vez mais sofisticadas. Bem utilizadas, podem ser úteis […]. Às vezes, estes meios afastam em vez de aproximar, como quando, na hora da refeição, cada um está concentrado no seu celular ou quando um dos cônjuges adormece à espera do outro que passa horas entretido com algum dispositivo eletrônico. Não se podem ignorar os riscos das novas formas de comunicação para as crianças e os adolescentes, chegando às vezes a torná-los apáticos, desligados do mundo real. Este ‘autismo tecnológico’ expõe-nos mais facilmente às manipulações daqueles que procuram entrar na sua intimidade com interesses egoístas.” (AL 278)

Convite à reflexão

Refletir sobre minha relação com a tecnologia e sobre como estamos educando nossos filhos a usá-la. Nesse contexto repleto de desafios, como estamos educando nossos filhos para a afetividade e o respeito ao seu corpo?

Dinâmica em família/ comunidade

Deixamos algumas propostas para nos educarmos ao uso da tecnologia. Podemos, por exemplo, decidir horários de limites da televisão e telefones celulares:
– refeições;
– uma noite por semana (quando organizamos algo divertido para fazer juntos);
– numa viagem organizada em conjunto.
Fazemos propostas para um uso positivo dos dispositivos, por exemplo:
– propomos a nossos filhos ensinar uma pessoa idosa a usar um computador/tablete/celular;
– dedicamos tempo de escuta a pessoas que estão longe e vivem sozinhas, através de uma chamada de vídeo.

Oração
Senhor Jesus,
ajudai-nos a educar os nossos filhos para saberem esperar,
como um tempo onde o desejo toma forma
e se torna uma escolha consciente do dom de si.
Ajudai-nos a vigiar sem oprimi-los,
para que se tornem capazes
de fazer escolhas livres e autônomas.
Amém.

Convite à leitura

Neste mês, somos convidados a ler os seguintes trechos da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”: “A educação dos filhos” (n. 259-290)