Pe. Sala – A verdade por trás da oração
Compartilhe

por  Pe. Sala

Missionário da Diocese de
Jundiaí em Roraima

Todo sistema de crenças tem seu arcabouço de práticas oracionais. O mínimo que se espera, de alguém que deseje viver de qualquer modo a própria espiritualidade, é que busque uma conexão com o transcendente e que o faça através de rezas e orações.
Assim é no Cristianismo. O que não nos falta são ladainhas e novenas. Há o rosário, diversos tipos de terço, orações votivas nas quais pedimos a intercessão dos santos e santas, etc. São tantas, mas tantas, que sequer podemos imaginar todas ou rezá-las ao mesmo tempo.
De que adianta a quantidade se não soubermos o sentido dessas diversas orações? Portanto, antes de sairmos por aí repetindo preces cujo objetivo nos escapa, faz-se necessário compreender o que está por trás dessa dinâmica de quando alguém se propõe a rezar.
A oração é um diálogo com Deus. Conversamos com o Pai porque o amamos. Esse papo diário e constante nos é necessário para entendermos os dilemas da vida, escolhermos o melhor caminho diante das encruzilhadas e principalmente para saber qual é a vontade do Criador a nosso respeito.
Gastamos horas conversando com as pessoas que amamos e estão mais próximas de nós. Uma pessoa que não reza não mostra apenas uma espiritualidade fraca e o pecado da preguiça. Alguém que diz ter fé, mas não possui rotina genuína de oração, prova que não ama a Deus verdadeiramente.
Quem ama o Pai quer estar perto Dele, em contínuo contato, conhecê-Lo mais e mais. Por isso usa parte de seu tempo para rezar, ou seja, conversar com Ele. Há até mesmo quem se coloque permanentemente diante de Deus, num estado tão consciente de oração, que é como se estivesse falando com o Altíssimo o tempo todo.
Uma coisa é certa: sem vida de oração, ninguém alcança o Céu. A falta desse diálogo real e amoroso com Deus nos empurra cada vez mais longe do Paraíso. Como desejar a eternidade celeste se passamos a vida ignorando Deus? Como viver no Céu se, por culpa nossa, fazemos do Criador um desconhecido?
Uma das formas de nomear a santidade é chama-la de “amizade com Deus”. Como ser amigo de alguém com quem não se conversa? Como ter amizade sem o mínimo de diálogo? Por isso a oração sempre foi e continuará sendo de extrema importância para os cristãos.
Se você já tem o costume de rezar, persevere. Não se transforme num papagaio de ladainhas sem sentido.
Que a sua oração seja genuína e sincera. Que o seu diálogo com Deus seja como a de um filho com seu Pai. Se você ainda não tem a real experiência de oração no seu cotidiano, nunca é tarde para começar. Do outro lado da linha há um Pai amoroso, aguardando ansioso, para ouvir e falar com você.

Amém.

Deixe comentário