Pastoral da Pessoa Idosa: acompanhar, respeitar e promover
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A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), com 9 anos de atuação na Diocese de Jundiaí, quer aproveitar a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos para promover a reflexão sobre o envelhecimento, ampliar sua atuação e atender um número maior de pessoas idosas. No próximo domingo, dia 25, às 8h, uma Celebração Eucarística será presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa, na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Cajamar, e marcará a data em nível diocesano.
A PPI foi idealizada pela médica Zilda Arns, a partir da Campanha da Fraternidade de 2003, que tinha como tema “Fraternidade e as Pessoas Idosas” e como lema “Vida, Dignidade e Esperança”. Tem como missão, assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas, através da promoção humana e espiritual, respeitando seus direitos e suas vontades. Na prática, a PPI acompanha as pessoas idosas em seus domicílios por meio de visitas periódicas, dando preferência às mais fragilizadas, seja por doença, abandono ou pobreza. Procura ser um elo entre as famílias e os serviços de apoio à pessoa idosa, na comunidade e no município.
Na Diocese de Jundiaí, a PPI realiza suas atividades desde 2012, estando atualmente presente em 10 paróquias de 5 cidades e contando com a assessoria eclesiástica do Diácono Mauro Nunes da Silva.
Nas paróquias, após as atividades de capacitação, os líderes passam a acompanhar as pessoas idosas mensalmente, partilhando com a equipe as experiências vividas e realizando os encaminhamentos necessários em reuniões mensais. Em Itu, a PPI estava sendo implantada na Paróquia Sagrada Família em 2020, quando o trabalho precisou ser interrompido devido à pandemia. Os encontros de formação devem retornar em breve.
“Uma riqueza
para a Igreja”
De acordo com a coordenadora diocesana da PPI, Alzira Aparecida Martins, a celebração do 1º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos neste domingo, dia 25, será “uma riqueza para a Igreja e para as pessoas idosas”. Ela acredita que será uma oportunidade “para que todas comunidades, paróquias, dioceses possam refletir e fazer memória daqueles que tanto contribuíram e ainda contribuem para o fortalecimento da nossa fé”. E lembra do pedido feito pelo Papa São João Paulo II, quando já estava bem fragilizado pela doença: “Que cada comunidade acompanhe com compreensão amorosa todos os que envelhecem.”
Segundo a coordenadora, um dos maiores desafios enfrentados pela PPI é a “cultura do descarte” que muitas vezes atingem em cheio as pessoas idosas. Nesse contexto, o principal papel da PPI é “resgatar a dignidade, fortalecer os vínculos familiares e comunitários, principalmente na pandemia, quando essas condições foram acentuadas”. Como as visitas precisaram ser suspensas, tornou-se muito desafiador manter o acompanhamento dos idosos. Mesmo com o auxílio da tecnologia, com muitos idosos – seja por conta da fragilidade ou pela falta de acesso – não foi possível manter o contato e o trabalho acabou sendo prejudicado. “Mas é preciso manter nosso esforço e não abandonar o trabalho pastoral”, lembra.
Para aqueles que desejarem atuar na PPI, Alzira orienta que procurem o pároco de sua paróquia. Caso concorde com a criação da PPI, ele entrará em contato com a Coordenação Diocesana a fim de organizar a capacitação dos agentes para atuação na paróquia.

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