Subsídio 04 – Tema 01

A palavra do Papa
Vocês, cônjuges, têm o dom da graça do sacramento que pode torná-los perfeitos no amor… E, então, vamos falar sobre esse amor! O amor é paciente, é prestativo. O amor não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. O amor não falta com o respeito, não busca o próprio interesse, não se irrita. O amor não leva em conta o mal recebido, não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.

“Isto pratica-se e cultiva-se na vida que os esposos partilham dia a dia entre si e com os seus filhos. Por isso, vale a pena se deter a esclarecer o significado das expressões desse texto, tendo em vista uma aplicação à existência concreta de cada família.” (AL 90)

“Amar é também tornar-se amável (…) o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os outros (…). Ser amável não é um estilo que o cristão possa escolher ou rejeitar: faz parte das exigências irrenunciáveis do amor, por isso ‘todo o ser humano está obrigado a ser afável com aqueles que o rodeiam’.” (AL 99)

O testemunho da família: Julie e Gérard

Julie: “Em nosso 17º aniversário de casamento, sentimos a necessidade de nos retirarmos para lançar luz sobre as áreas sombrias da nossa vida como casal. Guiados por um padre, saímos muito enriquecidos dessa experiência. No final, o sacerdote também nos pediu para rezar por ele.”

Gérard: “Esse retiro nos permitiu lançar luz sobre muitas áreas sombrias. Um dia eu estava em apuros porque havia um mal-entendido entre nós, e eu, quando tem uma incompreensão, fico triste e falo pouco. Então, numa manhã, quando acordei, vejo um presente no meu armário e me lembro que é o meu aniversário. Recordo que realmente apreciei e mostrei às crianças; estava realmente feliz e o mal-entendido tinha desaparecido.”

“Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, antissociais incapazes de dominar os impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha.” (AL 92)

Diariamente “entrar na vida do outro, mesmo quando faz parte da nossa existência, exige a delicadeza de uma atitude não invasiva, que renova a confiança e o respeito”. (AL 99)

Convite à reflexão
Amar significa fazer gestos de amor para com alguém e, ao mesmo tempo, fazer–se “amável”, ou seja, refletir sobre nosso comportamento e tornar fácil, para os outros, nos amar.

Dinâmica em família
Vamos completar a frase: “O amor é…”. O Papa Francisco nos indica várias características do amor. Vamos escolher uma delas e nos comprometer a tentar torná-lo concreto dentro da nossa família.

Dinâmica em comunidade ou em grupo
Vamos oferecer às famílias um período de “retiro” para que possam ser guiadas na releitura dos seus próprios relacionamentos à luz do texto de Paulo sobre o amor (1Cor 13,4-7).

Oração
Senhor, o amor é paciente!
Concede-me saber como esperar pelo tempo de todos.
Senhor, o amor é bondoso!
Ajuda-me a desejar sempre o bem dos outros
antes do meu próprio, mesmo que me custe.
Senhor, o amor não é invejoso!
Ensina-me a alegrar-me com o sucesso dos outros.
Senhor, o amor não se ostenta!
Doa-me a humildade de reconhecer Teus dons.
Senhor, o amor não se ensoberbece!
Orienta-me a colocar os outros no centro.
Senhor, o amor não falta com o respeito!
Faça que eu possa ver no outro o Teu rosto.
Senhor, o amor não busca o próprio interesse!
Faça-me sentir a alegria da gratuidade.
Amém.

Convite à leitura
Neste mês, somos convidados a ler os seguintes trechos da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”: “O amor no matrimônio” (n. 89-119)

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