A poderosa arte
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Homenagem a Tristão Mariano da Costa

por Evandro Antonio Correa

Caros leitores, segue a Oração fúnebre.
Tal participação concedida por Deus há o seu fundamental valor no princípio apologético de sua vida, pois, a Sabedoria divina, «apareceu sobre a Terra e viveu entre os Homens».
O mal tenta sempre nos distanciar de Deus, mas, Tristão não se afastou de Sua Sabedoria. O nosso egrégio antepassado atingiu altos níveis de pensamento. Sim, diferente pelo estilo de vida, discordantes em muitos momentos, mas, por quanto sublime, é inapagado por almejar com profunda e convicta satisfação, uma visão clara e segura da Verdade. Mas ele sabe, sabe e tem consciência de que a verdadeira Sabedoria, não é dada por este mundo, por mais que possa levar ao insucesso. Sábio, Tristão confia nesta procura incansável com profunda e convicta certeza. Pois, se a Sabedoria se revelou aos Homens, tudo se transforma em alegria para que, aos olhos do sábio, ele possa contemplar a Luz (Bar 3,9-15.32-4,4). E assim o Senhor o engrandeceu!
«Oh! Poderosa arte que estendes os braços carinhosos aos mais desfavorecidos da fortuna! Eu vos saúdo, e quero levar teu nome, ainda depois de morto, gravado em meu coração».
E de todo o seu coração louvou ao Senhor que o criou: o qual lhe deu valor contra os inimigos.
Organizou cantores para que estivessem diante do Altar e levantassem suas vozes com cantos, acompanhadas por suaves concertos de música.
Buscou o decoro nas festividades e aformoseou os dias solenes até o fim de sua vida. Fez ressoar, como um Grande Concerto, a renovação do «Memorial do Sacrifício do Senhor». Tristão ajudou, com seus maviosos sons a aumentar, no grande Templo de nossa cidade, dedicado à «Virgem das Candeias», a louvação ao santo nome de Deus. E engrandeceu «do nascer ao pôr do sol», o seu Divino Espírito.
Em todos os seus feitos, deu graças ao Santo e ao Excelso Senhor com palavras anunciadoras da sua glória.
O nosso hino, enunciado ao início desta singela Oração, é uma poesia com um amplo respiro lírico. Nos ensina a origem da verdadeira Sabedoria, o entrelaçar das «façanhas» de Deus na natureza e na História. Arte que nos traz a verdade da presença divina na realidade histórica, um modo de fazer com que os «Homens de bem» e suas descendências (também nós, hoje, lendo este artigo, neste exato momento histórico e religioso), apreciassem as obras de Deus na natureza e na História.
Completando o nosso louvor à Sabedoria divina, retomo esta perspectiva que ressalva a criação, ao contemplar as perfeições divinas reveladas ao Homem. O Homem, os nossos «Homens de bem», tornaram-se verdadeiramente sábios e os seus nomes permanecem ilustres até os nossos dias.
Somente o «Homem pio», os nossos «Homens de bem», continuam a viver nas suas obras e na sua fama, eis então, o dilatado significado da misericórdia prometida.
Tristão, que tua alma se alegre na misericórdia do Senhor, pois não te envergonhaste quando O louvaste nesta terra. Fizeste da tua obra, uma obra que ficou no tempo. Porém, o «Tempo da Eternidade» somente tu, hoje, podes contemplar: aquilo que te concedeu a almejada Verdade eterna!

Até a próxima!

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