Fórum “Amoris Laetitia”: a importância das paróquias
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Realizado na última semana, o Fórum “Amoris laetitia” reuniu representantes de todas as partes do mundo para discutir os caminhos da atuação da Igreja junto às famílias. Entre os pontos importantes a serem colocados em prática, o evento apontou a importância da paróquia, como “família de famílias”, e a necessidade de formação de todos os envolvidos nas atividades da pastoral familiar. Também foi reforçado o convite para que todas as comunidades se preparem para celebrar o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, em 25 de julho.
O Fórum “Em que ponto estamos com a Amoris Laetitia? Estratégias para a aplicação da exortação apostólica do Papa Francisco” aconteceu entre os últimos dias 9 e 12, em modalidade on-line. Se por um lado a restrição ao encontro presencial trouxe algumas dificuldades, a modalidade on-line permitiu uma participação muito maior de pessoas conectadas do mundo inteiro: foram cerca de 350 delegados, representando 70 Conferências Episcopais e mais de 30 associações e movimentos internacionais, ao longo dos quatro dias de evento.
A iniciativa organizada pelo Dicastério para os Leigos, Família e Vida se insere no Ano “Família Amoris Laetitia”, como momento de diálogo em estilo sinodal sobre as experiências e perspectivas de aplicação da exortação apostólica, buscando apoiar a aplicação do documento do Papa Francisco em chave pastoral e missionária.
No último sábado, dia 12, encerramento do evento, o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério, apresentou as conclusões do Fórum, identificando alguns pontos que resumem o que foi analisado durante os quatro dias de trabalho:
•As famílias, hoje, precisam descobrir que, junto com o Sacramento do matrimônio, receberam uma missão que deve ser compartilhada com os pastores.
•A principal contribuição à pastoral familiar é oferecida pela paróquia, que é a família das famílias, onde pequenas comunidades, movimentos eclesiais e associações vivem em harmonia.
•Há necessidade de uma formação mais adequada para sacerdotes, diáconos, religiosos, catequistas e outros agentes pastorais, insistindo na presença de leigos nos cursos de formação.
•A formação de pessoas que irão acompanhar os casais na preparação ao matrimônio deve ser uma prioridade.
• A pastoral familiar deve ser fundamentalmente missionária para alcançar as pessoas onde elas estão;
•Uma atenção especial deve ser dada às famílias em crise conjugal ou com outras dificuldades: o cuidado pastoral daqueles que estão separados, divorciados ou abandonados, com particular olhar às crianças, aos deficientes, aos idosos.
• É necessário também alcançar aquelas famílias que estão longe da Igreja.
Atendendo a um pedido dos participantes, o cardeal Farrell confirmou a formação de uma rede de relações entre a Santa Sé e as Conferências Episcopais, Movimentos e Associações, para que o trabalho possa continuar em conjunto, num espírito de autêntica comunhão e estima mútua. A rede de trabalho comum vai permitir compartilhar ideias e projetos para que a atuação da Igreja seja mais eficaz em nível prático, a fim de alcançar o coração do cuidado pastoral, ou seja, as famílias no mundo inteiro.

Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
No último dia do Fórum, também foram destaque as preparações para o 1º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, instituído pelo Papa em janeiro, que será comemorado no próximo 25 de julho. O responsável pelo departamento dos idosos do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Vittorio Scelzo, enalteceu como a pandemia acabou evidenciando a visão do Pontífice sobre temas como a cultura do descarte, do encontro e das relações.
Scelzo explicou que a data “quer ser o encontro entre avós e netos e entre jovens e idosos. Considerando que em várias áreas geográficas do mundo em julho a pandemia vai impedir a participação dos idosos, pedimos aos jovens para visitá-los – sempre onde for possível – ou de realizar o encontro em modo social ou via web”.
Para as comunidades que poderão programar celebrações eucarísticas em 25 de julho, o Dicastério sugere que seja realizada uma missa dedicada aos avós e aos idosos; que os bispos celebrem na catedral ou em um lugar significativo; e que cada paróquia dedique pelo menos uma das liturgias àquela data.

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