12º Domingo do Tempo Comum
por Diác. Reginaldo de Castro
Paróquia Sagrada Família
Evangelho – (Mc 4,35-41)
Despertado, Jesus ordenou imperiosamente ao vento e disse ao mar.
“Cala-te. Emudece!”
Cessou o vento e tudo ficou tranquilo. Por que tanto medo?
Encontramos um episódio muito conhecido no Evangelho de hoje: a tempestade acalmada por Jesus.
Trata-se, sem dúvida, de uma passagem bíblica profundamente estimulante, principalmente pela extraordinária pergunta de Jesus aos discípulos:
“Por que tanto medo?”
Na travessia do mar desta vida, em busca da “outra margem”, somos também assaltados por violentas tempestades, interiores e exteriores.
A própria violência de nossos dias, a insegurança e a incerteza que nos cercam deixam-nos temerosos. Chegam até a nos desencorajar em face dos compromissos assumidos como cristãos, na comunidade.
E agora essa pandemia, esse vírus solto no ar, essa crise sanitária e econômica, estamos inseguros, temerosos.
Só há um meio para vencer o medo: reavivar a fé no Cristo, presente em nosso meio. Ele zela por nós, mesmo quando parece dormir. Viaja conosco na mesma barca.
E quando a tempestade sacudir a embarcação, saibamos olhar confiantes para Ele e dizer: “Senhor, sei que estás aqui comigo: por isso não temo”.
O medo é alguma coisa que nos faz perder o controle de nós mesmos e nos deixa confusos.
À inquietação, à insegurança, à ânsia contínua do mundo de hoje não podemos opor uma fé mais luminosa, mais confiante e compromissada?
Vendo o mundo oprimido pelo temor, Deus procura continuamente chamá-lo com amor, convidá-lo pela sua graça, atraí-lo pela caridade e prendê-lo com seu afeto.
O Senhor está conosco: não há de que temer. Basta que Ele se levante, e se fará a bonança.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!