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por Diác.Valdeci Florentino dos Santos
Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Evangelho – (Mc 3,20-35)

O tema principal do texto do Evangelho deste domingo – sobre a identidade de Jesus – mostra que desde os inícios do cristianismo os cristãos sentiram necessidade de responder à pergunta: “Quem é Jesus?”. Ainda hoje, na ação pastoral da Igreja, sobretudo nas catequeses, é importante que todos os cristãos conheçam a identidade de Jesus, até mesmo para poderem estabelecer com ele uma relação personalizada.
Fazer parte da família de Jesus é a vocação fundamental dos cristãos de todos os tempos. Por isso, são chamados a formar comunidade, que está centrada na pessoa de Jesus e que tem como única missão fazer a vontade de Deus em todas as circunstâncias da vida. É a isso que chama o Evangelho quando Jesus apresenta a sua verdadeira família: é quem faz a vontade de Deus e toma lugar ao redor de Jesus.
O método para estabelecer uma relação de familiaridade com Jesus passa necessariamente por seguir o seu exemplo: é Ele o primeiro a fazer a vontade de Deus, mesmo quando isso acarreta incompreensão e rejeição do seu ministério. O cristão continua no mundo a missão de Jesus e tem como único horizonte fazer a vontade de Deus; esta é uma das petições do Pai Nosso, a oração que Jesus ensina a rezar: «Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu».
Quando o cristão se decide a seguir Jesus, isso implica necessariamente que renuncie ao mal e ao demónio. Tal como Jesus estabelece uma clara separação entre o seu serviço e o poder de Satanás, desde o primeiro momento da vida cristã, os cristãos são chamados a renunciar a Satanás e a fazer a sua profissão de fé em Deus.
Na vida ordinária, isso implica que se tenha claro que algumas práticas de bruxaria, feitiçaria e cartomancia não são práticas próprias de um cristão, mas aprisionam; Jesus vem libertar-nos desse aprisionamento de Satanás e é necessário deixar-se libertar. Jesus demonstra que, na sua atividade de libertação do poder do mal, não pode estar a pactuar com o Demónio, mas vem para libertar os homens e as mulheres de todos os tempos. Também nisso está a fazer a vontade de Deus e convida todos a fazer comunidade centrada na sua pessoa e decidida a construir um mundo que se baseie neste desejo de fazer a vontade de Deus.
A disposição e o empenho de Jesus em anunciar a Boa Nova, em cumprir a sua missão a que fora destinada pelo Pai era tão poderosa, tão grande que Ele não media esforços, Não descansava direito, não se alimentava o necessário, e realmente estava dando a impressão de que estava bastante alterado, extremado, muito cheio de energia e vontade de levar em frente ao seu projeto de salvação da humanidade.
Jesus estava tão empenhado na construção do Reino de Deus que nem tinha mais tempo de comer, de descansar, não tinha um para si mesmo.
E os discípulos também estavam nesse ritmo com Ele. Multidões o acompanhavam por toda a parte agradecidos pelas curas, ou na procura de curas, e também para ouvir suas palavras de vida eterna.
Meus irmãos. Sejamos nós mesmos. Procuremos fazer o que O Espírito de Deus nos orienta, e não percamos tempo com a inveja daqueles que nos acusam de coisas absurdas, para denegrir a nossa imagem diante daqueles que acreditam no nosso esforço no nosso talento, na nossa coragem de procurar fazer o bem e combater o mal, de procurar fazer a vontade do Pai.

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