Os desígnios de  saber ler e escrever
Compartilhe

por Evandro Antonio Correa

Nos passos do Patrocínio

Finalmente, o último artigo que completa os que me propus a escrever em homenagem à Venerável Maria Teodora. Sim, a «notre Mère» já não existe! A santidade superou os títulos humanos da hierarquia eclesiástica. O que para nós ficou, nos ensina, é o caminho da vocação que abraçou, que projetou sua santificação, através da missionariedade partindo da nossa terra ituana. A Educação foi seu instrumento de evangelização, aliada à caridade material.
Oh! «Divino afflatu»! A grande libertação está nos primeiros passos da alfabetização. Essa grande libertação, talvez, não esteja somente em um dos lados da balança, mas em um conjunto. Derramada na luz da fortaleza, da sabedoria, da ciência, do conselho, do entendimento, da piedade, do temor de Deus. Provavelmente, não baste unicamente explicar ou interpretar a Bíblia, ou outros «blábláblás», a fim de que todos se enquadrem em um mesmo formalismo. Ensinar as primeiras letras ao próximo, move-o à capacidade de esmiuçar as Sagradas Escrituras; entender e participar da Liturgia através dos livros oficiais, e não pelos arranjos oficiosos… (não se preocupem, não é um discurso protestante e muito menos separatista). É uma reflexão, «em voz alta», do uso midiático que se faz da pobreza e da miséria humanas, sem apresentar-lhes um outro resgate material: ensinar a ler e a escrever! O resultado? A compreensão e o entendimento na abertura de um novo horizonte! Um futuro melhor para muitos que estiverem em condições indignas de filhos de Deus.
Entretanto, os «Padres do Patrocínio» e a «Congregação das Irmãs de São José», foram e formaram realidades distintas. São dois legados que se somaram e que derramaram luz sobre a necessidade humana! Dois grupos coesos que efetuaram e propagaram os Bens sublimes, os patrocínios do Divino Alento! Sustento material. Alegria espiritual. Poder educativo (lembro que D. Antonio Joaquim foi professor e teve sua própria escola em Campinas). Viram-se diante da dificuldade de temperar a elite com a sociedade mais simples. Discernimentos esses que os «Padres» e as «Irmãs» galgaram, pela grande arte da transmissão aos pósteros, pelo Bem maior.
Só puderam atuar por causa da vinda do Espírito Santo.
«Porque do céu envia o raio de sua luz. Pai dos pobres. Doador dos dons. Luz dos corações. O consolador magnífico é o doce hóspede da alma e seu refrigério. Das fadigas é descanso, no calor é respiro, no pranto é conforto. Essa Luz beatíssima, enche o íntimo dos corações de seus fiéis. Contudo, sem teu auxilio nada há no Homem, nada de inocente. Lava o que está sujo. Rega o que está seco. Cura o que está enfermo.
Aos “Padres” e às “Irmãs” do “Patrocínio de Itu”, fiéis que confiaram em teu “Divino afflatu”, afiançaste os teus Sete Dons pelo mérito da virtude e com êxito da salvação, para chegarem à perene alegria»!
Assim, o reflexo da beleza da criação e seus predicados, através da obra de Pe. Jesuíno do Monte Carmelo e da Venerável Maria Teodora Voiron, exprimem a face do divino Patrocínio. Pois, sua Beleza, que é o Amor, salvará o mundo!
Até mais!

Deixe comentário