A revolução das primeiras letras
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por Evandro Antonio Correia

Nos passos do Patrocínio

Caros leitores, com uma releitura dos textos de Maria Cecilia Bispo Brunetti, vamos continuar nos passos do divino patrocínio!
Visionários, sonhadores! Como o próprio Dom Antonio Joaquim de Mello.
Em seu zelo de dirimir a ignorância e a mediocridade da Pátria, através do ensino das primeiras letras, celebrou com suma importância a Missa em Ação de Graças pela chegada das missionárias de São José. A esperança depositada em Madre Teodora, que não lhe parecia mais «uma criança», toma os ventos de um espirito solícito e imbuído de sua missão na grande obra educacional.
As acomodações precárias em que se encontravam as estruturas da antiga Igreja do Patrocínio, anos após a morte de Pe. Jesuíno, não desmotivaram Madre Teodora. Os trabalhos de adaptação e reforma dessas dependências, transparecem a continuidade, nos novos passos do patrocínio divino. Pois, «a messe é grande, e se houver alguém que o Divino Mestre tenha apontado, não recue diante dos sacrifícios. É bom ser missionária! Para Jesus, para sua obra, vida por vida, amor por amor e, se for preciso, sangue por sangue! E seja qual for o lugar onde repousem nossos restos, chegaremos à imensa e vasta morada onde cada qual receberá o prêmio de seu trabalho e de seus labores»!
Foi Madre Maria Teodora, Luiza Josefina Voiron, a alma que abraçou a Terra de Santa Cruz, a personalidade pioneira na educação feminina, em seu ideal missionário. Na nova pátria, o seu segundo lar, fez-se brasileira na concretização de sua vocação em repartir, com os outros, os tesouros herdados da fé, da instrução, do futuro. E o objetivo não foi a selva da antiga colonização, mas «as gentes» na nova catequese, em uma realidade brasileira fortemente miscigenada.
Palpitante de amor, não deixou de lado o zelo de mãe espiritual, para com as almas entregues ao seu cuidado: crianças, órfãos, escravos, enfermos, leprosos. Com abnegação e heroísmo criou o orfanato, que com o seu afeto, foi abrigo seguro para aqueles estigmatizados pela sociedade. Ela (também, órfã aos 10 anos de idade), tentará suprir, com a mensagem do amor aos órfãos, «o nome de um Pai, que os reconhece como filhos diletos e lhes dá direito a herdeiros de um rico domínio que é o céu. E a mãe celeste, a Virgem do Patrocínio, nunca os abandonará»! O «anjo do Patrocínio», o novo anjo que segue nos passos do patrocínio divino.
E daqui, de Itu, o Colégio do Patrocínio foi campeão em missões, não devemos nos esquecer! E «cruzando os mares mais distantes, o amor de Deus e aos semelhantes, te trouxe à nossa terra: vida nova fizeste germinar!
Regada com lágrimas fecundas, tua obra deixou marcas profundas, que tempo algum pode apagar!
Das jovens, educadora; dos pobres, anjo protetora. A todos, Madre Teodora, serviste com amor e fé! Amor que foi sofrer, entrega do teu ser ao Amado, àquele que É! No espirito que é teu, novo ideal nasceu com as irmãs de São José».
Serva de Deus Maria Teodora Voiron, rogai à Ele por nós!

Até a próxima!

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