Ano da Família “Amoris Laetitia”
A família à luz da Palavra de Deus
O amor autêntico é sempre fecundo
Subsídio 02 – Tema 03
A palavra do Papa
A fecundidade do casal é imagem do dinamismo do amor que se move em Deus, do ato criativo de Deus. O amor fecundo, o amor que gera, é símbolo das realidades íntimas de Deus. Cada vez que uma criança é concebida, o homem e a mulher procriam junto com Deus, doam um Filho a Deus, que intervém nesse amor. É por isso que cada vida humana é única e preciosa e deve ser protegida.
“O casal que ama e gera a vida é a verdadeira ‘escultura’ viva (não a de pedra ou de ouro, que o Decálogo proíbe), capaz de manifestar o Deus criador e salvador. Por isso, o amor fecundo chega a ser o símbolo das realidades íntimas de Deus. […] A capacidade que o casal humano tem de gerar é o caminho por onde se desenrola a história da salvação. Sob esta luz, a relação fecunda do casal torna-se uma imagem para descobrir e descrever o mistério de Deus.” (AL 11)
O testemunho da família: Pedro e Trini
Pedro: “Estamos conscientes de que Deus nos deu nossos filhos, mas eles não são nossa propriedade. Nossa tarefa é ajudá-los a cumprir sua missão, a realizar seus projetos de vida originais.”
Trini: “Transmitimos a fé uns aos outros, pais aos filhos e filhos aos pais. Os pais transmitem a paternidade de Deus e os filhos nos ensinam o que significa ser filhos e ser crianças”.
“A Bíblia considera a família também como o local da catequese dos filhos […]: ‘O que ouvimos e aprendemos e os nossos antepassados nos transmitiram, não o ocultaremos aos seus descendentes; tudo contaremos às gerações vindouras: as glórias do Senhor e o seu poder, e as maravilhas que Ele fez. […] E os filhos que haviam de nascer a contassem aos seus próprios filhos.’ (Sl 78/77, 3-6). Por isso, a família é o lugar onde os pais se tornam os primeiros mestres da fé para seus filhos. É uma tarefa ‘artesanal’, pessoa a pessoa: ‘Se amanhã o teu filho te perguntar […], dir-lhe-ás…’ (Ex 13, 14).” (AL 16)
“O Evangelho lembra-nos também que os filhos não são uma propriedade da família, mas espera-os o seu caminho pessoal de vida. Se é verdade que Jesus Se apresenta como modelo de obediência a seus pais terrenos, submetendo-Se a eles (cf. Lc 2, 51), também é certo que Ele faz ver que a escolha de vida do filho e a sua própria vocação cristã podem exigir uma separação para realizar a entrega de si mesmo ao Reino de Deus.” (AL 18)
Convite à reflexão
Os nossos filhos, naturais e espirituais, são um presente de Deus, que os confia a nós para que possamos criá-los como Seus filhos. O que isto significa, concretamente, para nós? Estamos cientes disso?
Dinâmica em família
Reflitamos com nosso cônjuge e depois, em família, sobre como o Senhor nos fez fecundos.
Dinâmica em comunidade ou em grupo
“O homem que teme ao Senhor é fecundo” (Cf. Sl 128,1-6). O salmista não se refere apenas aos filhos em carne, mas também a todos os filhos que cada casal pode gerar no amor do Espírito Santo. Reflitamos sobre o que significa para nossa família ser fecundos na comunidade em que estamos inseridos. O que fazemos para viver concretamente esta fecundidade todos os dias? Como nos colocamos a serviço dos outros e da comunidade?
Oração
Sagrada Família de Nazaré,
desperta em nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
um bem inestimável e insubstituível.
Que cada família seja um lar acolhedor
de bondade e paz
para crianças e idosos,
para os que estão doentes e sozinhos,
para os pobres e necessitados.
Amém.
(Papa Francisco, Sínodo sobre a família, 27 de outubro de 2013)
Convite à leitura
Neste mês, somos convidados a ler os seguintes trechos da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”:
- À luz da Palavra: nº 8-30