Honda se compromete com desenvolvimento de motor da RBR para 2021


Fornecedora de motores da RBR e da AlphaTauri na Fórmula 1 em 2020, a Honda surpreendeu ao anunciar na última sexta, que deixará a categoria no fim de 2021 após três anos de parceria com as equipes. No entanto, a fabricante japonesa reforçou que continuará engajada no desenvolvimento do motor para o próximo ano e sobretudo com a conclusão do atual campeonato, no qual a RBR ocupa a vice-liderança.
“Ainda temos sete corridas para disputar essa temporada, e no próximo ano, teremos outra temporada. Faremos nosso melhor para tentar vencer. Vamos lançar nossa nova unidade de potência, então poderemos nos sair bem, ao lado da RBR. Estamos almejando o campeonato”, declarou Takahiro Hachigo, diretor-executivo da marca.
A Honda retornou para a F1 em 2015, reeditando a icônica parceria da década de 80 ao lado da McLaren. No entanto, o projeto que contou com Jenson Button, Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso, que desaprovou a unidade de potência, não fluiu. Em 2018, no entanto, o cenário começou a melhorar para a marca japonesa, que estendeu sua permanência na categoria após acertar com a STR (hoje AlphaTauri) e, posteriormente, a RBR, em 2019.
Hachigo lembrou do período conturbado que a fabricante vivenciou nos primeiros anos de seu retorno, mas reforçou os triunfos obtidos durante a parceria com a equipe austríaca ao longo da temporada passada, quando a RBR foi terceira colocada no Mundial de Construtores: “nos três anos iniciais, sofremos muito, mas superamos isso. E até agora, pudemos conquistar cinco vitórias, então acho que deixamos uma boa marca. No próximo ano, vamos continuar fazendo nosso melhor, então esperamos que os fãs continuem ao nosso lado nos apoiando.
Na atual temporada, o motor Honda tornou-se um desagrado para Max Verstappen, que possui uma brecha no contrato que o possibilita deixar a RBR caso o motor da equipe não seja competitivo. O holandês chegou a ocupar a vice-liderança do campeonato de pilotos, mas sofreu com abandonos que o relegaram ao terceiro posto.
No entanto, a equipe destacou os ganhos da parceria com a unidade de potência, lamentando a decisão e garantindo também sua permanência na F1 até 2025, quando se encerra o novo Pacto da Concórdia assinado pelos times em agosto deste ano.