Em família: flores trazem cor e alegria para dentro de casa
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A chegada da Primavera traz consigo a revitalização da natureza e, principalmente, as flores. Muitas árvores e arbustos começam a se tornar coloridos, atraindo borboletas e beija-flores. Em casa, podemos ter um pouco da riqueza da natureza nesta época. Basta encontrar as espécies de plantas que mais se adaptam ao ambiente e dedicar um pouco de tempo, atenção e carinho para aproveitar a beleza que as flores nos reservam.
Neste período, as plantas se renovam e renascem. Bulbos, flores, árvores e arbustos que entraram em dormência no inverno, agora estão em plena atividade, exigindo reforço na fertilização. É uma boa hora para acrescentar húmus de minhoca à terra dos vasos e canteiros, e adubar as plantas que dão flores e frutas. Também é um bom momento para conduzir trepadeiras por treliças ou pergolados e fazer podas de manutenção em arbustos, retirando folhas secas, flores murchas e galhos malformados.
Além das plantas mais perenes, que dão flores o ano todo e também vão florir agora, existem aquelas que são específicas da Primavera. Sunpatiens, margaridas, zínias, tagetes, ageratos e outras espécies de ciclo de vida curto mostram toda sua beleza nesta época. Aproveite e crie canteiros ou floreiras coloridas, para alegrar a casa.]

Segredos para as plantas darem flor

As flores estão por toda a parte, mas cultivá-las em casa requer um pouco mais de planejamento. É preciso escolher plantas de acordo com o espaço que tiver disponível. Para o jardim, plantas que vivem a pleno sol. Dentro de casa, plantas que necessitam de menos luz e podem ser plantadas em vasos. Também é importante atentar para as características do clima e escolher plantas que melhor se adaptem.
A jardineira Carol Costa dá 5 dicas para quem é amante de flores e quer dar uma forcinha para suas espécies florirem:
Genética: “existem plantas que têm uma genética melhor e são mais exuberantes que as irmãs”, explica Carol. Há variedades de rosas, por exemplo, de flores maiores ou mais duráveis e também aquelas de flores com menos pétalas, de cores menos intensas ou de baixa durabilidade, que pegam praga mais fácil. “Podem ser todas da mesmíssima cor e todas roseiras, mas cada híbrido vai se comportar de um jeito e mesmo dentro do mesmo híbrido você encontrará espécimes mais e menos valentes”.
Sol: a quantidade de horas de sol é fundamental para uma planta e essencial para sua floração. Quanto mais sol, mais flores. “Por exemplo, lírio-da-paz e antúrio com flor esverdeada, sem cor, com folhas muito verdes, mas com floração mirrada, estão precisando de sol”, lembra Carol. Comece sempre com uma quantidade pequena de horas e aumente aos poucos.
Adubo: “quanto mais bem alimentada com macro e micronutrientes a planta for, mais energia ela terá para florir”, explica Carol. Isso é ainda mais válido nas espécies anuais, como crisântemos, cravinas, sunpatiens, girassóis e tantas outras. Adube pelo menos uma vez a cada três meses com adubo natural ou seguindo as orientações da embalagem do adubo inorgânico escolhido.
Podas: “roseiras carregadas de flor são resultado de podas radicais, regulares e feitas com inteligência”. Azaleias cheias também precisam de podas – nesse caso, mais simples – para remover as flores murchas e estimular a planta a florir mais.
Adequação ao clima: toda planta é sensível ao clima. “Não adianta fazer tudo isso que falamos e querer lavandas florescendo em Manaus ou ver a flor da vitória-régia em Curitiba!” Forçar a barra com adubo ou qualquer outra receita mirabolante é inútil, se a planta não for daquele clima.

Para cada lugar, um tipo de flor

Não importa o lugar que você tem para plantar, você vai conseguir aproveitar a beleza das flores! Mas é necessário escolher as flores certas:
No canteiro: se você dispõe de um pedacinho de terra em que possa criar um jardim, é possível escolher entre sunpatiens, cravinas, sálvias, begônias e tagete, também conhecida como “cravo de defunto”. Todas são plantas que têm certa resistência à falta d’água e que precisam receber incidência do sol para florir.
Como trepadeiras: portais, pergolados e muros ganham um toque especial quando são adornados pelas trepadeiras. Entre as espécies que florescem nesta época do ano, a buganvília é a mais conhecida, tanto que recebe o nome popular de “Primavera”. Jasmim estrela, alamanda e thunbergia são outras opções dentro desta família. E elas também podem ser cultivadas em vasos.
Dentro de casa: para os espaços internos, o cultivo em vasos pede espécies que necessitam de menos luz e se desenvolvam bem à meia sombra, uma vez que a incidência solar pode ser limitada nestes ambientes. Clívia e íris (que também podem ser plantadas no jardim) estão entre as sugestões dos especialistas, que ainda acrescentam crisântemos e gérberas à lista das flores que se desenvolvem bem dentro de casa. De maneira geral, as flores cultivadas em vasos precisam de adubação específica para poderem florir adequadamente.

Ajudando as plantas a florir

Com a chegada da primavera, as plantas se preparam para sair do repouso vegetal e voltam às suas atividades de crescer, frutificar e nos presentear com muitas flores! Essa é a época de reforçar os nutrientes no solo, para que elas fiquem bem saudáveis. A paisagista Nô Figueiredo explica os principais tipos de adubo e suas características, e dá uma receita de adubo natural.
Adubos orgânicos ou naturais: são compostos de matéria de origem vegetal ou animal, que precisam ser decompostos pelas bactérias e microrganismos do solo para poderem ser assimiladas pelas plantas. A atuação desse tipo de adubação é mais lenta, mas bem mais duradoura. Além disso, essa adubação ajuda a melhorar a textura da terra deixando-a mais porosa, beneficiando a oxigenação das raízes.
Adubos inorgânicos: são obtidos a partir da extração mineral ou de derivados do petróleo e tem atuação imediata. Assim que são aplicados já podem ser absorvidos pela planta, sem a necessidade de decomposição pelas bactérias. Nesse tipo de adubação, muitos nutrientes são desperdiçados, porque nem sempre a planta consegue absorver todo o nutriente disponível e a sobra é perdida com o tempo ou carregada pela a água.

Receita de adubo natural para planta que floresce e frutifica:
3 colheres de farinha de osso ou casca de ovos
1 colher de torta de algodão ou mamona
8 colheres de húmus de minhoca
ATENÇÃO: a torta de mamona é tóxica para bichos e crianças. Evite misturá-la à farinha de osso (com a torta de mamona, use cascas de ovos; com a farinha de osso, use a torta de algodão).
Coloque 1 colher da mistura na superfície do vaso e depois regue. Aplique sempre no final do dia.
Adube umas três vezes por ano: no começo da primavera, no começo do verão e no começo do outono. No inverno não é necessário adubar.

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