23º Domingo do Tempo Comum (Mt 16,21-27)
por Diác. Bartolomeu de Almeida Lopes
Paróquia São Judas Tadeu
“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo!”
Mês de setembro, mês da Bíblia destinado à divulgação da Palavra de Deus, nos leva a recordar sempre que somos responsáveis uns pelos outros, buscando sempre a caridade e a fraternidade.
Somos convidados a viver motivados pelo amor de Deus, que é o ponto central da Lei e elemento essencial da vida do cristão. Enquanto peregrinamos, a fé é o fundamento que sustenta e nos orienta à porta que introduz as todas as iluminações espirituais, então vamos aprendendo a reconhecer, que é preciso relacionar-se com os deveres dos cristãos.
Também nos diz dos deveres primários dos cristãos entre si e para com o próximo de uma maneira que recorda o princípio do amor em qualquer relação interpessoal. Seja entre Cristãos ou não Cristãos, ou seja vigiar e orar para não comprometer em dizer algo a ser feito como pede o ensinamento da palavra e proceder de maneira diferente ou incorreta. Dar continuidade ao ensinamento que Jesus Cristo nos ensinou e viver o que anuncia, recomendação de Paulo a todos, não se deixarem levar por aventuras, para serem um exemplo, respeitando para também ser respeitado diante de toda comunidade, também da sociedade.
Quando existe um irmão que se tenha desviado do caminho da cruz, é necessário que se faça uma correção fraterna e deve acontecer na oração e união que assegure carinhosamente a presença do Ressuscitado, portanto se faz necessário aprender com Jesus a melhor maneira de mostrar ao irmão onde ele tenha errado.
Primeiramente reflitamos sobre a disposição interior daquele que deseja fazê-lo e depois a de quem recebe a correção. Antes porém, sabe-se que há quem prefira omitir diante daquele que erra, sob o pretexto de não ter nada a ver com a vida dos outros. Mas o verdadeiro amor, o perdão autentico, não deixa as pessoas como são com seus defeitos e suas limitações.
Amar o irmão significa ajudá-lo a crescer em todos os níveis, quer concretamente libertação daquilo que é defeituoso e mau, lutar por sua plena humanização. Por isso, corrigir é obra de amor, nunca é extinguir energias e entusiasmos, é algo muito diferente da crítica. Juntamente com a correção fraterna, o cristão precisa sentir e fazer um enorme uso do encorajamento. Tal proposta reconciliante, se dá quando se percebe o ambiente pesado e vingativo pairando no ambiente de práticas inaceitáveis em uma comunidade fraterna e orante, a pedido de uma conversa particular como uma pequena maneira de correção, é um gesto de amor e de querer bem o semelhante, por isso deve ser feita com descrição sem exposição nem uma acusação pública, se como nós os repreendidos gostaríamos de ser corrigidos.
Jesus nunca pediu separar os que erraram e sem o seu arrependimento, e ao voltar ao seio da comunidade.
O convite de Jesus é abandonar a situação que provoca ao relativismo e manter a finalidade para a qual o homem veio para esta passagem terrena. Portanto somos os escolhidos de Deus, para fazer parte com os que forem ligados aqui na terra para também poder estarmos ligados no CÉU.
O Cristão que caminha no mundo para o PAI, sabe que é chamado à conversão a todo o momento, sabe que sem Deus não conseguirá, e menos ainda com suas próprias forças.
Lembremos sempre de orar pelo nosso Papa, nossos Bispos e Padres, e pela unidade para que ela prevaleça sempre mesmo na adversidade, os obstáculos são vencidos pelos joelhos dobrados em oração para reconhecer que muitas vezes nós mesmo precisamos de uma conversão fraterna.