por Maria Angela Pimentel Mangeon Elias
Cadeira nº 17 – Patrono: Olívia Sebastiana da Silva

Será que a humanidade vai aprender o sentido da parábola “Lavar as mãos?”
Não interessa quem seja, nem que posição ocupa, todos, absolutamente todos devem não só lavar as mãos, mas aprender a lavá-las.
Essa essencial providência colocas as pessoas, quaisquer que sejam, num mesmo nível: ser humano sujeito a todas as contingências .
Tal constatação mexe com a mente muito mais do que se imagina. Talvez não conscientemente, mas lá no fundo, pode haver este pensamento: eu, logo eu, nada posso fazer contra uma possível contaminação??? Eu e qualquer um temos as mesmas chances? O que significa isso?
Ah, justamente essa é a questão: o significado dessa pandemia. Todas as nações do mundo envolvidas. Todas as classes sociais. Todas as raças. Todas as designações… Ninguém escapa!
Dinheiro, poder, autoridade, cargos e funções e nossas demais mesquinharias, nada disso resolve ou salva alguém.
O tal vírus que assola o mundo é absolutamente sem preconceito no que se refere a humanos. Sim, pois os animais irracionais estão liberados desse Covid 19…
Então, “lavar as mãos “ significa “limpar”. Limpar de nós tudo que possa macular a compaixão necessária ao semelhante. Porque agora já se pode perfeitamente entender que todos somos semelhantes, não é?
Similia similibus, como já diziam os latinos. Todos iguais.
Reclamações às enormes dificuldades trazidas a todos pelo invisível vírus não são relevantes. Nada, nadinha, adiantam…
Relevantes são as atitudes dos profissionais da saúde, dos trabalhadores em serviços essenciais, dos voluntários e de todos que se lançam deixando sua própria vida para trás, a fim de cumprir uma missão: ajudar o semelhante, cumprindo seu dever…
Uma de minhas netas é voluntária na cidade onde está morando e recebo dela zaps ou áudios contando maravilhas que presencia: a imensa solidariedade de quem tem tão pouco (a ponto de estar recebendo comida arrecadada pelos padres da Catedral) e pensa no vizinho da comunidade…Uma mãe de família, ao receber dois frangos congelados, entre outros víveres, lhe pergunta: “ moça, posso dar um para minha vizinha?”
Temos certeza de que essa mulher não sabe que está, simplesmente, vivendo a magnífica lição que Cristo veio trazer à humanidade:
COMPAIXÃO!