Em família: separar o lixo para preservar a natureza
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Os cuidados com a natureza são extremamente importantes para podermos preservá-la para nossos filhos e netos. E os cuidados começam dentro de casa. A separação de lixo doméstico, junto com a coleta seletiva e a correta destinação dos resíduos, contribui para que uma grande parte do lixo que produzimos seja reaproveitada e uma menor quantidade de lixo seja depositada na natureza.
Há muito tempo já sabemos que a natureza vem sofrendo com os impactos gerados pela humanidade. O crescimento das cidades e o processo cada vez maior de industrialização de todo tipo de coisas têm provocado uma quantidade gigantesca de resíduos. Quando não recebem o destino adequado, esses resíduos acabam sendo jogados diretamente na natureza, sem nenhum tipo de cuidado, e provocam danos por um longo tempo. Para termos uma ideia, a natureza leva 2 a 6 semanas a decompor um jornal; 1 a 4 semanas as embalagens de papel; 3 meses as cascas de frutas e os guardanapos de papel; 2 anos as bitucas de cigarros e os fósforos; 30 a 40 anos o nylon; 200 a 450 anos os sacos e copos de plástico; 100 a 500 anos as pilhas; 100 a 500 anos as latas de alumínio; e um milhão de anos o vidro!
O impacto tem se tornado ainda maior pela quantidade de lixo que produzimos. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) revelou que o Brasil gerou, em 2018, 79 milhões de toneladas de lixo, um aumento de quase 1% em relação ao ano anterior. Nunca produzimos tanto lixo como nos últimos anos!

Coleta seletiva depende das famílias

Diante desse panorama, a coleta seletiva de lixo e a correta destinação dos resíduos é uma forma eficaz de diminuir os impactos na natureza. No entanto, a mesma pesquisa apontou que, de todo o lixo gerado no Brasil, apenas 3% são reaproveitados. Grande parte dos municípios do país não contam com coleta seletiva e nem uma destinação correta dos resíduos. E, nos municípios que contam com esses serviços, ainda é baixo o número de pessoas que separa o lixo em casa e os encaminha para a reciclagem.
Se parte da solução depende do poder público, uma outra parte também importante do processo depende das atitudes que tomamos dentro de nossas casas. O hábito de separar o lixo de forma adequada e dar-lhe o destino correto precisa ser incorporado na rotina diária das famílias. É preciso conhecer os tipos de materiais que podem ser encaminhados para a coleta seletiva – como papel, plástico e metais – quais deles podem ser reaproveitados como adubo para plantas – o lixo orgânico – e quais são perigosos e precisam ter um cuidado especial em seu descarte – como lâmpadas, pilhas e o óleo de cozinha.
Ter o hábito de separar o lixo em família é uma ótima forma de educar as crianças para o cuidado com a natureza. Aprendendo desde cedo a cuidar do lixo que produzimos em família e dando-lhe o destino correto, os pequenos vão aprender na prática que cuidar da natureza é algo que precisamos fazer como humanidade, mas precisamos agir a partir das pequenas coisas.
O cuidado com a natureza passa por atitudes cotidianas, de cada um de nós!

O que separar para a coleta seletiva

Metal: chapas metálicas, latas de alumínio, panelas, fios, arames, pregos, parafusos, tampinhas, sucatas de ferro, objetivo de bronze, cobre e zinco, latas de folhas de flandres (latas de óleo, latas de salsichas, leite em pó e molhos).
Plástico: copos, utensílios domésticos, embalagens de refrigerante e água, brinquedos, sacos de leite, frascos diversos (produtos de higiene, condicionador, shampoo, produtos de limpeza em geral), embalagens de margarina, sacos, sacolas, tubos e canos de PVC.
Vidro: copos, garrafas, potes, frascos, perfumaria, produtos de higiene e limpeza.
Papel: jornais, revistas, papelão, formulários, papéis brancos, cartões, cartazes velhos, folhas de caderno, provas, rascunhos, aparas de papel, cartolina, embalagens Tetra Pak e caixas em geral.
Óleo de cozinha usado: coloque numa garrafa plástica e entregue separadamente.
Eletrônicos: computador, TV, aparelho telefônico e eletrodomésticos, pilhas e baterias usadas.

O que não colocar

Metal: clips e esponjas de aço.
Plástico: tomadas, cabos de panela, embalagens de biscoito, náilon, poliéster, acrílicos, fraldas e absorventes higiênicos.
Vidro: espelhos, lâminas, pirex, vidros de box de banheiro, lâmpadas, louças, cristais, cerâmicas e tubos de TV.
Papel: etiquetas e fitas adesivas, papel carbono, papel plastificado, papel parafinado, bituca de cigarro, fotografia, fita crepe, guardanapos descartáveis, lenços descartáveis e embalagens metalizadas (bolachas, pó de café e outros).

Como é feita a coleta seletiva em Itu

Gestão do Lixo: a cidade possui um Plano de Gestão de Resíduos, no qual estão estabelecidas diretrizes e regramentos para as destinações corretas de cada tipo de resíduo. A gestão é compartilhada entre o poder público, as cooperativas de catadores e os fabricantes. Acesse aqui.

Comarei: A Cooperativa de Materiais Recicláveis de Itu (Comarei) atua por meio de cooperados, promovendo a capacitação e a profissionalização dos catadores como agentes da limpeza e proteção ambiental. Com suas atividades de coleta, triagem e venda dos materiais recicláveis às indústrias recicladoras, proporciona atendimento para mais de 40 famílias. Acesse aqui.

Os dias de coleta: a coleta seletiva cobre toda a área urbana de Itu e atende à zona rural por meio de agendamento. Confira os dias da semana em que a coleta seletiva é feita em seu bairro. Acesse aqui.

Ecopontos: são locais adequados para o descarte, controlados e operados pela Prefeitura. Os cidadãos podem levar gratuitamente resíduos de entulhos, móveis e podas de árvore, com limite de 1m³ o que corresponde a uma caçamba de pick-up pequena. Confira os locais e o que pode ser descartado. Acesse aqui.

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