Em família: música traz  ritmo para cada momento da vida
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Não há dúvida! A música tem mesmo a capacidade de influenciar o estado de espírito das pessoas. Pode nos ajudar a acalmar, trazer disposição e inspirar as mais diversas emoções. Isso está muito relacionado ao nosso gosto musical, mas também às variações entre os ritmos musicais. Os especialistas apontam que determinados tipos de música realmente influenciam nosso organismo, independente do estilo e das letras. A música pode ajudar até mesmo para apoiar tratamentos de saúde, ajudando a recuperação de diversas doenças.
A música está presente na vida do ser humano desde muito cedo. Mesmo antes de produzir músicas, o homem já era influenciado pelos sons da natureza e os reproduzia, seja com sua própria voz, com seu corpo (palmas, batida de pés etc.) ou utilizando elementos da própria natureza (madeira, pedras etc.). Para os estudiosos no assunto, a natureza é considerada a grande “mestra da música”.
Como em outras formas de manifestação artística, a música ganha traços específicos da cultura em que é produzida, criando uma série de estilos diferentes. Esses estilos também vão se modificando de acordo com o passar do tempo, as mudanças das sociedades, o avanço tecnológico, entre tantos outros fatores. Nos dias de hoje, temos acesso a grande parte dessa riqueza musical produzida pela humanidade, especialmente por meio dos arquivos em formato digital, que nos permitem ouvir músicas numa grande variedade de equipamentos, nas mais diversas situações.
No entanto, essa variedade de estilos musicais e a grande facilidade de acesso não têm se traduzido em uma maior riqueza do nosso acervo musical particular. Na grande maioria das vezes, acabamos ficando dentro do nosso nicho musical, ligados àquele estilo que gostamos, sem muitas mudanças. Além da preguiça de conhecer coisas novas e a aversão àquilo que não gostamos, é importante considerar que somos todos fortemente influenciados por uma cultura massificada e massificante, que coloca a criação musical a serviço da indústria cultural. Ganha espaço aquilo que rende mais! E isso empobrece demais a riqueza da produção cultural da humanidade.
Para os especialistas, é fundamental que cada pessoa desenvolva seu próprio gosto musical. Para isso, defendem que tenhamos contato com o maior número possível de estilos musicais, produzidos em épocas e culturas diferentes. Só assim poderemos apurar nossos ouvidos e aproveitar o que a música tem de melhor!
Música para o
bem-estar
Além do prazer que uma música pode nos trazer – seja porque gostamos do estilo ou porque ela nos traz boas memórias – estudos apontam que a música pode contribuir diretamente para o nosso estado mental e até mesmo para nosso estado de saúde geral. Os especialistas afirmam que as vibrações sonoras podem ajudar nosso organismo a entrar em um estado de maior relaxamento, ativar áreas cerebrais específicas e ajudar na realização de certas atividades, como atividades físicas, tarefas repetitivas e até melhorar a concentração e a atenção.
Foi a partir de estudos como esses que surgiu a musicoterapia, que utiliza o som e a música para apoiar diversas formas de tratamento de saúde. “Lançamos mão de técnicas que envolvem a audição, a recriação de sons, a composição e o ato de tocar um instrumento para alcançar um objetivo terapêutico, sempre levando em consideração o histórico e as preferências do paciente”, explica o musicoterapeuta José Davison da Silva Junior, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A musicoterapia tem conseguido grandes avanços no apoio a tratamentos de hipertensão, Parkinson, Alzheimer, autismo, acidentes vasculares cerebrais (AVC), dores crônicas e como estímulo ao aprendizado, seja com crianças ou adultos. Mas é importante destacar que qualquer tratamento deve ser realizado por profissional especializado e ter o acompanhamento do médico especialista.
De forma geral, a música pode contribuir para o nosso bem-estar geral, diminuindo nosso estresse e melhorando nosso humor. Cabe a cada um encontrar o estilo musical que melhor lhe agrada para cada situação, mas manter os ouvidos bem abertos para tanta coisa boa que se produz por aí!

Um estilo musical para cada momento

De maneira intuitiva, nós sabemos selecionar o melhor tipo de música para cada situação. Mas sempre vale a pena conhecer um pouco mais das músicas que podem nos trazer bem-estar:
Despertar. Prefira ritmos alegres, que tenham uma cadência crescente ou com os quais você tenha uma conexão emocional profunda, por alguma memória afetiva. O gênero musical escolhido pode variar com o gosto de cada pessoa, ou com aquilo que ela precisa inspirar em si. Evite melodias melancólicas.
Na academia. Nesse momento, o corpo precisa ser estimulado por ritmos acelerados e potentes, que tenham uma cadência bem marcada, capaz de compassar os seus movimentos para ajudar a manter o controle e a persistência dos movimentos. Escolha músicas que tenham um ritmo bem definido e com marcações.
Caminhar. Aqui você não precisa seguir um padrão ou forçar o corpo em picos de esforço. Também é bastante improvável que você perca o ritmo. Então aproveite para variar e escolher ritmos de acordo com a sua preferência pessoal. As baladas e as canções cuja letra fazem pensar são ótimas escolhas.
Planejar atividades. Nesse momento, os ritmos mais indicados são aqueles menos agressivos e com frequência menor, músicas lentas e com baixa intensidade nas notas. Assim você cria um segundo plano que não atrapalha a fluidez e a organização dos seus pensamentos.
No trânsito. Procure escolher melodias animadas, mas que não tenham uma frequência sonora muito acelerada. Ritmos muito estimulantes e que possuem uma levada crescente podem gerar mais irritação e ansiedade em um momento que já é irritante por natureza.
Para se concentrar. Não importa qual seja o ritmo escolhido, desde que ele propicie um ambiente com a neutralidade necessária. É possível escolher até mesmo sons da natureza, desde que o ritmo e a cadência estejam presentes na medida certa. Escolha músicas com harmonias menos complexas e com tempos mais suaves, que também possuam um ritmo bem marcado.
Para as refeições. Os ritmos muito agressivos ou acelerados não são muito indicados nesse momento. Vale quase tudo, menos canções que estimulem em excesso ou que sejam muito melancólicas e emotivas. Aproveite para escolher os gêneros musicais com os quais você e suas companhias mais se identificam.
Para relaxar. Escutar sua lista favorita de músicas que acalmam é uma boa pedida para diminuir o estresse e reencontrar o melhor estado de espírito.

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