Vivendo a santidade
Compartilhe

Por Tadeu Eduardo Italiani

No próximo mês de agosto, a Igreja nos convida a meditar sobre as “vocações”. Logo que se fala nesse assunto, vem à mente, a ideia da vocação sacerdotal e religiosa. Claro que ambas possuem grande importância dentro da Igreja e da vida ministerial, mas, há que se aprofundar na questão da vocação do leigo, como Sal da Terra e Luz do Mundo, na vinha do Senhor.
Há anos a CNBB (Conferência Nacional dos Bispo do Brasil), está incentivando a formação dos leigos e despertando cada vez mais o valor missionário para que a Igreja possa avançar cada vez mais para águas mais profundas.
O leigo é um cristão não ordenado e que não faz votos religiosos, mas tem fundamental importância para a propagação do Reino de Deus. Todo leigo é vocacionado a ser um missionário que leva a Palavra de Deus e transforma os ambientes em que está inserido. Como batizados, somos chamados à santidade e, a vivencia desta nos leva a testemunhar uma vida firmada em uma fé convicta e repleta de práticas cristãs.
Muitos pensam que a missão de evangelizar, consiste em ler trechos bíblicos, fazer longas partilhas da Palavra e realizar orações e preces em voz alta de forma pública e notória. O verdadeiro evangelizador faz da sua vida uma oração e desta um testemunho da Boa Notícia do Reino de Deus.
Ser um leigo missionário, não é uma tarefa fácil, há inúmeras frustrações, obstáculos e resistências. Para os enfrentar, somente com a força do Espírito Santo, que nos fortalece e sustenta para as conquistas necessárias.
Não é importante cargo, título ou posição social, mas sim a disposição de se colocar a serviço. Hoje a vinha possui características muito diferentes da época de Jesus, por exemplo, a velocidade da informação nos obriga a todo momento quebrar protótipos diferentes e nos adaptarmos em um mundo em constantes transformações.
O trabalho missionário do leigo, possui o mesmo peso dos afazeres desenvolvidos pelo Apóstolos, que propagaram a fé cristã e expandiram a Igreja. Diferentes são as funções, mas o trabalho é o mesmo: evangelizar, ser fermento do Evangelho nos ambientes.
É sabido que todo trabalhador possui um salário pelas atividades lavoradas. Na vinha do Senhor atuando como leigo missionário, o salário não vem em forma de dinheiro ou outras benesses. A recompensa pela propagação do Reino de Deus, é a esperança de vida eterna, junto à glória do Senhor.
Mas, o leigo missionário não atua sozinho, ele não pode ser uma pessoa isolada. É preciso uma vivencia comunitária entre irmãos(as), que fortaleça a vida na Graça Sacramental e união a Cristo, cabeça da Igreja.
Muitas vezes o trabalho missionário não dá frutos de imediato, pois o tempo de Deus é muito diferente da nossa cronologia.
O que importa é se manter perseverante e buscar a todo instante a uma vida de santificação, para ser cada vez mais testemunha das práticas cristãs.

Deixe comentário