Leituras do 14º Domingo do Tempo Comum
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1ª Leitura – (Zac 9,9-10)
Quando o profeta pronuncia as palavras contidas na leitura de hoje, Israel não é nem mesmo uma nação independente; não está em guerra com ninguém, mas é um povo colonizado, explorado e oprimido por potências estrangeiras.
Nesta situação é chamado para alegrar-se muito, a regozijar-se (vers.9). Mas como é possível?
Porque – responde o profeta – o sofrimento está para chegar ao fim. O Messias prometido está para chegar. Ele será um rei justo e vitorioso.
Nada de novo! Muitos profetas, antes de Zacarias, anunciaram a vinda do grande rei, do Filho de Davi, do libertador do seu povo.
Agora, porém, aparece uma novidade surpreendente: o salvador prometido não chegará chefiando um exército, montando cavalos e conduzindo carros, mas “humilde, montando um jumento, num potro de uma jumenta” (vers.9).
Muito bonito! Quem poderá confiar num rei assim? Como acreditar numa vitória de sua parte? Os outros reis são ricos, não pobres; montam em cavalos, não em jumentos; têm exércitos não chegam desarmados; são orgulhosos e arrogantes, não humildes e pacíficos.
Com essa profecia Zacarias inverte o conceito de rei: não é ele que é servido, mas os outros é que estão no centro das suas atenções. Não são os fracos que lhe são submissos, é ele que se põe a serviço deles. A sua força é aquela que os homens consideram fraqueza.
Jesus realizará ao pé da letra esta profecia, quando entrar em Jerusalém, montado num burrinho. Com este gesto provará que ele é o rei esperado, aquele que, com sua benevolência e o seu amor, conquistará o coração dos homens.

2ª Leitura – (Rom 8,9.11-13)
Todos os homens morrem. A vida material, que o homem tem em comum com os outros seres vivos deste mundo, não dura para sempre, a um certo ponto ela se apaga.
Jesus também, sendo um homem como nós morreu, tinha que morrer. Ele porém ressuscitou. Como? O que o fez ressuscitar?
Na leitura deste domingo Paulo nos diz que isto aconteceu porque ele tinha em si o espírito de Deus, isto é, a vida de Deus em plenitude.
A vida do homem tem um começo e um fim, mas a vida de Deus não pode acabar. Jesus, que possuía em plenitude a vida de Deus, não podia permanecer para sempre em poder da morte.
Jesus, portanto, morreu para a vida material, mas o espírito que estava nele o ressuscitou, o fez viver da vida de Deus.
Paulo continua dizendo que, tento recebido em doação o seu mesmo espírito, nós também não podemos mais morrer. Quando chegar o momento no qual a nossa vida se encerrará, o Espírito que ressuscitou Jesus ressuscitará também os nossos corpos mortais (vers.11).
Na segunda parte da leitura (vers.12-13) Paulo tira as conclusões morais desta nova realidade, presente em cada um de nós. As obras do cristão devem corresponder à vida nova recebida no Batismo.

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