Caminhar na quaresma
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por Frei José Aparecido de Andrade OC (Frei Cido)

Quaresma tempo propício para viver com mais intensidade o espírito das misericórdias, isto é, caridade.
“ O mal está à espreita diante de nossa porta, diante de nosso coração, e quer entrar..”
Estejamos atentos, não acreditemos em todos os espíritos, mas vamos testá-los, para ver se vêm de Deus ou não.
Mas como testá-los? Parece que há fantasmas… Mas não, basta pôr à prova se o que sentimos no nosso coração vem de Deus ou de outrem, e o critério para este discernimento é só um: Jesus que veio na carne, a encarnação.
Podemos sentir muitas coisas boas, ideias boas, mas se estes sentimentos não nos levam a Deus que se fez carne, se não nos levar ao próximo, ao irmão, não são de Deus.
Quantas pessoas encontramos na vida que parecem espirituais, mas não os chamemos para fazer algumas obras de misericórdia, como por exemplo: dar de comer aos famintos, água aos sedentos, pousada aos peregrinos, visitar os doentes, cuidar dos descartados, perdoar as injúrias, ter paciência com os erros do próximo e corrigi-los, escutar o próximo, dar conselhos.
Porque justamente estas obras se dirigem às necessidades dos outros, e há tantas necessidades! Mas se tornam indiferentes…
Como desenvolver este discernimento? Acolhendo Jesus, crescendo no conhecimento e no amor, aprenderemos a ser misericordiosos como Jesus, façamos com que o “Evangelho se torne cada vez mais carne também na nossa vida” Papa Francisco).
Devemos nos aproximar do Evangelho, meditar sobre ele, encarná-lo na vida diária e levá-lo aos outros com nossas atitudes. Esta é a vocação e a alegria de cada batizado: indicar e doar Jesus aos outros.
E Ele irá nos defender do mal, “a falta de testemunho” que está sempre à espreita na nossa porta e nosso coração, e quer entrar…
Peçamos a graça de conhecer bem o que acontece no nosso coração, o que mais nos sensibiliza, se é o espírito de Deus que nos leva ao serviço do próximo, ou o espírito do mundo que gira ao redor de nós com os egoísmos, os comodismos, o isolamento etc. Não deixemos que o mal nos corrompa! Acreditemos: somos o melhor de Deus.

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