Três lições e uma Teresa
por Diác. Salathiel de Souza
Seu nome era Anjezë, em português Agnes. Não era da Índia, como muitos pensam. Seus pais eram albaneses e nasceu em Skopje, atual capital da Macedônia. Na juventude descobriu a vocação religiosa. Sua principal missão foi levar Jesus às pessoas e optou por enxergar o Cristo em cada pobre, doente ou moribundo que encontrasse. Foi buscar essa gente desgraçada em Calcutá, território indiano, até hoje uma cidade feia, que fede e sofre.
Começou seu trabalho sozinha, dormindo nas sarjetas. Percorria as ruas fazendo o que podia, mesmo que fosse somente colocar no colo alguém prestes a morrer doente. Mendigava alimento e os levava para as favelas. Enfim, fazia o que estava ao alcance. Era apenas uma gota no oceano, mas sem essa gota o oceano ficaria menor.
Certa vez pediu esmola a um comerciante. Os indianos não são conhecidos por respeitarem os cristãos, ainda mais uma mulher. O homem ouviu o pedido e, como resposta, deu-lhe uma cusparada na mão estendida. Tereza olhou para a mão, limpou-a na roupa e disse: “Isto aqui foi para mim. Agora quero algo para os meus pobres”. O comerciante ficou tão impressionado que a ajudou, tornando-se depois um grande colaborador de suas obras caritativas. Esta foi a lição número um.
A simples Teresa, na sua loucura de cuidar dos amaldiçoados da sociedade, acabou ganhando um Prêmio Nobel em 1979. Desta feita um jornalista, ferino como o são muitos, disse-lhe: “Eu não aceitaria fazer o que a senhora faz, nem por um milhão de dólares”. E ela respondeu-lhe: “Eu também não! Nunca! Jamais! Só aceito em troca o amor de Deus!”. Envergonhado, ele fez pergunta melhor: “Se a senhora pudesse o que mudaria para fazer do mundo um lugar melhor?”. E Teresa respondeu-lhe: “Só duas coisas: eu e você!”. Esta foi a lição número dois.
Num outro episódio verídico, Teresa ficou sabendo de uma família que estava há mais de uma semana sem comer. Encontrou-os numa favela e então levou-lhes um quilo de arroz, que era o que tinha para o momento. A mãe daquela família, formada por outras quatro crianças, separou então metade do que ganhara e saiu do casebre por um momento. Voltando ao barraco, Teresa perguntou-lhe: “Aonde você foi?”. E a mulher lhe disse: “Fui levar um pouco para meus vizinhos. Eles também sofrem de fome”. E Teresa ficou comovida com o pobre que ajuda outro pobre, pois sabe que diante de Deus somos todos filhos amados. Esta foi a lição número três.
Essa mulher, frágil por fora e gigante por dentro, é uma das melhores pessoas que Deus já criou. Mesmo assim, o mundo continua ignorando por completo as lições de Santa Madre Teresa de Calcutá. Preferem idolatrar gente de moral fétida como Simone de Beauvoir, Fátima Bernardes e Dilma Rousseff. Para sair da crise moral em que nos encontramos, o caminho é imitar bons exemplos. A simples Teresa já nos deixou muitas lições. Aqui estão três. Cabe a você procurar as outras.
Obrigado, Teresa.
Amém.