PASCOM-BRASIL: episódio nº 4 sobre a CF 2022
A série especial CF 2022, promovida pela Pascom Brasil, chega ao seu último episódio que tem como chave o verbo Agir, último passo proposto pelo texto-base. Para este ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta como tema Fraternidade e Educação, e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26). A Campanha da Fraternidade tem início em todo o país com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, início do tempo quaresmal. O podcast está disponível no Spotify e outros agregadores.
No episódio Agir, o coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, conversa com a gerente da Câmara de Educação Básica da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), Roberta Guedes, e com o doutor em Educação e gestor educacional da Rede Filhas de Jesus, professor Carlos Eduardo Cardozo, conhecido como Cadu. A proposta de reflexão é pensar a educação para uma nova sociedade e um novo humanismo, tendo como base o Pacto Educativo Global, proposto pelo Papa Francisco.
Educação para uma nova sociedade e um novo humanismo
Para a professora Roberta, que é também doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), o tema da educação tem a proposta de colocar uma Igreja a serviço de uma mudança social. Para ela, é preciso
Mostrar passos que movam as pessoas para que sejam testemunhas de um Cristo vivo e encarnado. E isso significa entender que a educação não vai resolver todos os problemas do mundo, mas é um dos recursos primordiais para combater as desigualdades sociais, preconceito e tantas coisas que têm trazido mazelas que acabam com a casa comum.
Segundo Roberta, a mudança essencial no caminho educativo parte “tanto da questão da criatividade quanto da responsabilidade com a pessoa humana, colocando-a no centro do processo. O novo aprendizado é humanizar a educação”, afirmou.
Projeto de vida: fonte para uma nova sociedade
Um dos pontos abordados pelo texto-base da Campanha, como resposta concreta no processo educativo, é o projeto de vida. O professor Cadu contextualiza que a primeira vez que a PJ (Pastoral da Juventude) começou a discutir o tema do projeto de vida foi em 1998. “Desde então, a PJ e a Igreja vão criando instrumentos e ferramentas para qualificar esta colaboração a crianças, jovens e outros adultos, o interlocutor da ação pastoral, na construção do projeto de vida”, destacou.
Para o educador, o tema do projeto veio à tona novamente, devido às discussões com o projeto do novo Ensino Médio e que pode confundir as pessoas, muito embora haja elementos que sejam comuns. Contudo, ele ressalta que o fundamento do projeto de vida é Jesus Cristo, garantindo a sua eclesialidade.
Quando a Campanha da Fraternidade e a Igreja propõem o projeto de vida, está se pensando, primeiro, em uma vida integrada. A noção do projeto de vida na integralidade do sujeito em suas diversas dimensões. Pensar que a vida das pessoas esteja alinhada com a vontade de Deus na realização humana. Ou seja, qual é o sonho de Deus para a pessoa humana na sua vivência, na sua constituição humana? E este é um diferencial para a pastoral.
Cadu ainda ressalta que é preciso aguçar os sonhos dos adolescentes e jovens. “Sem sonhos não dá para construir um projeto de vida.”
Fonte: Portal CNBB