A vida de São José – A segunda gruta
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Pe. Daniel Bevilacqua Santos Romano
Vigário na Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat – Salto/SP

 

Também conhecida como a Gruta do Leite.
Enquanto José tentava escapar à noite com Nossa Senhora e Jesus, conta um Ágrafo, ele percebe movimentação dos soldados de Herodes procurando as crianças para matar então a Sagrada Família entra nesta segunda gruta.
Duma antessala vão caminhando mais ao fundo dela até encontrarem um buraco na rocha; ao entrarem neste buraco, Nossa Senhora se assusta com umas aranhas mas José a cobre com seu manto e a acalma, demonstrando seu instinto protetor.
E este conto vai dizer que estas aranhas tecem uma teia muito espessa na entrada deste buraco na rocha e quando os soldados de Herodes entram na gruta, não encontram ninguém, mas somente a teia intacta, eles deduzem que não teria como alguém ter passado por ali e vão embora.
Ainda neste episódio, narra Maria oferecendo o peito para amamentar Jesus e na pressa da fuga, algumas gotas de leite caíram sobre a pedra onde ela estava sentada e até hoje há uma mancha branca na gruta. Este lugar tornou-se um ponto de peregrinação principalmente aos casais desejosos em engravidar.
Muitos vão até lá para pegarem um pó que esta rocha solta até hoje. Se dissolve este pó na água e, posteriormente, a mulher que deseja engravidar bebe desta agua por nove dias rezando junto as orações da novena.
Desta gruta podemos nos questionar se temos vivido nossa dimensão protetora como José fez com Maria ao protegê-la das aranhas.
Será que nesta gruta percebemos aqueles mais próximos a nós necessitando de ajuda? Na família? Na comunidade?
Na Oração Eucarística VI-D rezamos: “Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo o seu mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles.”
Na primeira carta de São Pedro (1Pd 2,2) lemos: “Portanto, rejeitando toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia e de inveja e toda maledicência, desejai, como crianças recém-nascidas, o leite não adulterado da palavra, a fim de que por ele cresçais para a salvação, já que provastes que o Senhor é bondoso.”
Pensemos na experiência de rezar com a bíblia diariamente. Na escuta e meditação da Palavra de Deus alcançamos a maturidade da fé para não adulterar o leite e termos inspirações cristãs de ajuda aos necessitados. Como temos usado da nossa criatividade para rezar? Temos favorecido momentos de oração pessoal?
Para ajudar a refletir sobre esta segunda gruta, segue algumas citações bíblicas: 1Ts 4, 1-12; Gl 5, 13-26
Semana que vem, terminaremos este relato das três grutas.