Tempos Modernos
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Não sei dizer se as pessoas do nosso relacionamento, sejam parentes ou amigos, próximos ou distantes, distantes aqui mesmo no Brasil ou em outro país, questionam-se a respeito deste mundo esquisito em que vivemos. Por que esquisito?
Do alto da minha condição de idoso, não estou mais preso à cautela de ser considerado ultrapassado, porque não me considero como tal, estou vivendo nesta época, com todos os confortos alcançados que eram “ficção científica” nos filmes da minha infância. A tecnologia exacerbada dos dias atuais, e mais recentemente, a Inteligência Artificial está fazendo o trabalho que antes tínhamos que fazer com as nossas próprias mãos. E isso em todos os ramos de atividade.
Mas, isso não é bom? É confortável, mas chegaremos ao dia em que a AI substituirá completamente a inteligência humana? Não necessitaremos mais ler, estudar, aprimorar nada? Não deveríamos questionar, porém, que o fato de a IA não ter “coração” que só os serem viventes têm, alguma diferença trágica poderia estar nos esperando num futuro próximo?
Essa pergunta se deve ao fato de a tecnologia está sendo usada “também” nas guerras (isso sim coisa ultrapassada) e também aqui os soldados não usam mais espadas, espingardas, canhões, mas apenas botões de computadores para matar mais devastadoramente os seus inimigos. Quem sabe surgirá um chip de IA para ser instalado nas pessoas?
O ser humano será realmente mais feliz, sendo senhor de tudo, sem necessitar mais de Deus (como já ocorre atualmente), de fé, amor, fraternidade, amizade, respeito e tantas outras palavras que, certamente outras pessoas incluiriam nesta lista que, desgraçadamente, palavra que estão ficando “fora de moda”.
E, por tudo isso, lembrei-me de outra coisa, que faz algumas pessoas olharem-como se eu fosse um ET (por falar em tecnologia): POESIA.
Com vocês: Casemiro de Abreu:
Oh que saudade que tenho da aurora da minha vida,
da minha infância querida que os anos não trazem mais.
Que amor, que sonhos, que flores naquelas tardes
fagueiras,
à sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias do despontar da existência,
respira a alma inocência, como perfume a flor.
O mar e o lago sereno, o céu um manto azulado, a vida um hino de amor.
Que auroras, que sóis, que vida, que noites de melodia
naquela doce alegria, naquele ingênuo folgar.
O céu bordado de estrelas, a terra de aroma cheia,
as ondas beijando a areia e a lua beijando o mar!
Oh que saudade que eu tenho……….