16º Domingo do  Tempo Comum
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Diác. Edson Moura
Capelania militar – Igreja São Luís Gonzaga – Quartel de Itu

“Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco.”

Evangelho (Mc 6,30-34)

Queridos irmãos (as) o Evangelho deste 16º Domingo do Tempo Comum segue-se imediatamente ao do domingo passado, quando os discípulos instruídos por Jesus e com sua autoridade (cajado) voltam da missão evangelizadora e novamente reúnem-se com Jesus para contarem tudo o que aconteceu. Com isso aprendemos também nós que o batismo nos torna profetas somos orientados pela palavra de Deus e enviados em missão, recordamos e vivemos então diariamente e particularmente aos domingos o dia do Senhor, e a Santa Missa, onde somos alimentados e instruídos pela Eucaristia e pela Palavra de Deus e somos enviados em missão, voltamos a reunir-nos com o Senhor, através da oração contando-lhe nossas vitórias e também nossos fracassos.
O Evangelho aponta o descanso também como necessário, depois de “gastar” a vida na evangelização Jesus convida os discípulos ao descanso mesmo que breve para repor as energias. De fato, nossa vida é um constante ato de amor e louvor a Deus em tudo o que fazemos, não existe espaço para o cristão católico que ama a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo, não estar em constante evangelização com as palavras e as ações, São Marcos no evangelho nos ensina também a ter um tempo com a família para celebrarmos o Dia do Senhor.
Também hoje o Evangelho nos mostra que os Apóstolos se reúnem com Jesus na ida e na volta da missão, nos ensinando que em nossas comunidades, tudo parte da oração e da comunhão com o magistério da Igreja, para que ninguém tenha “invenções”, seguindo os seus próprios impulsos ou ideias sem entrar em sintonia com a comunidade e com a palavra do Evangelho; tudo deve estar em conformidade com o Evangelho e nada melhor do que a oração em comunidade, com a força do Espírito Santo para nos guiar.
O descanso dos Apóstolos é breve mal atravessaram o mar, e novamente Jesus e eles estão rodeados da multidão, que acorreu ao encontro de toda parte. Depois desta pequena pausa os discípulos sabem o que fazer pois contaram com o Mestre para suas atitudes antes de voltar para a missão. A barca da qual fala o evangelho representa a comunidade, a Igreja que dedica parte de seu tempo para a instrução com o mestre e parte para a missão.
Nos tempos de hoje vemos o mesmo que Jesus verificou, que as ovelhas estão desgarradas como ovelhas sem pastor? E se vemos procuramos ser um sinal de esperança e salvação para este povo?
Na história da Igreja, como na Palavra de Deus verificamos que os Santos e os personagens bíblicos sempre ficaram preocupados em deixar um substituto, no final de suas vidas, para que o povo não ficasse como ovelhas sem pastor, São Francisco foi assim, Santo Inácio de Loyola também, e tantos outros, que vivem até hoje entre nós por amor a Jesus Cristo em suas obras e ações inspiradas pelo mesmo Cristo, pauteadas no Evangelho e na Igreja. Moisés também percebendo o final de sua vida pede para que o Senhor escolha um chefe, um substituto (Nm27,17).
Estamos conscientes de nossa missão como batizados e continuadores da obra de Nosso Senhor Jesus Cristo? Como está a nossa participação em nossas comunidades paroquiais, recebo a missão a cada Santa Missa e retorno ao Senhor para partilhar juntamente com a comunidade a grande família em torno de Jesus?

Deus abençoe a todos!