Vocação Matrimonial: chamado para o amor, a santidade e a vida
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No segundo domingo do Mês Vocacional, a Igreja recorda, celebra e reza pela vocação ao matrimônio. De maneira muito simplificada, podemos dizer que a vocação matrimonial consiste no convite de Deus a um homem e a uma mulher a se unirem num relacionamento de profundo amor e santidade, gerando, como fruto fecundo dessa união, a vida, os filhos. Esposo e esposa são chamados a caminharem juntos, a viverem uma só realidade e um só projeto, “uma só carne”, com a finalidade última de ambos alcançarem o Céu, selando de forma definitiva nossa união com Cristo.

Os esposos, unidos pelo Sacramento do Matrimônio, são chamados a viver a essência do próprio Deus, que é o Amor Trinitário decorrente da relação perfeita, incondicional e plena de amor entre Pai, Filho e Espírito Santo. São chamados a viver não um amor qualquer, um amor mundano, mas sim o amor com o qual o próprio Cristo nos amou na Cruz, um amor de entrega e doação, livre, total, fiel, fecundo e salvífico, que não tem o “eu” como destino, mas o outro.

A vocação matrimonial é também um convite de Deus para a santificação, caminho no qual somos impelidos a cada dia a aderir à pessoa de Cristo, colocando em prática, nos pequenos gestos e nas pequeninas coisas do relacionamento conjugal e familiar, os ensinamentos do Mestre: doação e entrega; perdão, compaixão e misericórdia; silêncio e obediência; caridade, humildade e mansidão; compreensão, acolhimento e companheirismo; auxílio mútuo e, sobretudo, o amor virtuoso.

Configurados a cada dia a Cristo, os esposos se santificam mutuamente, sendo um para o outro, a “tábua de salvação”. Temos, portanto, à medida que aceitamos e mergulhamos nessa vocação, não só a missão, mas a oportunidade e o privilégio de ser, no dia a dia, a face de Cristo para o outro.

(Adaptado de texto do Portal CNBB)