Comunidade São Roque celebra seu padroeiro

A Comunidade São Roque, localizada no bairro Potiguara, inicia neste sábado (05/08) as comemorações em honra ao seu padroeiro, cujo dia litúrgico é celebrado em 16 de agosto. A festa contará com Tríduo, Missa Solene e Quermesse.
A Quermesse começa neste sábado (5) e prossegue no domingo (6) e no sábado seguinte (12), sempre após a missa. Haverá barracas de pastel, pizza, lanche, churrasco, doces e bebidas.
O Tríduo em honra a São Roque tem início no dia 13, às 18h30, prosseguindo nos dias 14 e 15, às 19h30. A cada dia, contará com a presença de um sacerdote convidado.
A Solenidade de São Roque será celebrada no dia 16, com Missa Solene às 19h30, presidida pelo padre Ton Ferreira, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, à qual pertence a comunidade.
O santo peregrino
São Roque viveu entre o final do século XIII e início do XIV, período em que a Europa foi devastada pela peste negra. Nasceu no ano de 1295, na cidade de Montpellier, França, em uma família rica, da nobreza da região. Ficou órfão na adolescência, vendeu toda a herança e distribuiu o que arrecadou entre os pobres. Depois disso, viveu como peregrino andante. Percorreu a França com destino a Roma.
Em sua jornada, Roque se deparou com regiões infestadas pela peste negra. Era comum ver, à beira das estradas, pequenos povoados só de doentes que foram isolados do convívio das cidades para evitar o contágio do restante da população ainda sã. Lá eles viviam até morrer, abandonados à própria sorte e sofrendo dores terríveis. Enxergando nas pobres criaturas o verdadeiro rosto de Cristo, Roque atirou-se de corpo e alma na missão de tratá-los. Iluminado pelo Santo Espírito, em pouco tempo adquiriu o dom da cura, fazendo inúmeros prodígios.
Fez isso durante dois anos, ganhando fama de santidade. Depois partiu para Roma, onde durante três dias rezou sobre os túmulos de são Pedro e são Paulo. Depois, por mais alguns anos, peregrinou por toda a Itália setentrional, onde encontrou um vasto campo de ação junto aos doentes incuráveis. Cuidando deles, descuidou-se de si próprio. Certo dia, percebeu uma ferida na perna e viu que fora contaminado pela peste. Assim, decidiu refugiar-se, sozinho, em um bosque, onde foi amparado por Deus.
Roque foi encontrado por um cão, que passou a levar-lhe algum alimento todos os dias, até que seu dono, curioso, um dia o seguiu. Comovido, constatou que era seu cão que socorria o pobre doente.
O homem, que não reconheceu em Roque o peregrino milagreiro, cuidou de sua recuperação. Restabelecido, Roque voltou para Montpellier, que na ocasião estava em guerra. Confundido como espião, foi preso e levado para o cárcere, onde sofreu calado durante cinco anos. No cárcere, continuou praticando a caridade e pregando a palavra de Cristo, convertendo muitos prisioneiros e aliviando suas aflições, até morrer.
Diz a tradição que, quando o carcereiro, manco de nascença, tocou com o pé o seu corpo, para constatar se realmente estava morto, ficou imediatamente curado e começou a andar normalmente. Esse teria sido o primeiro milagre de Roque, após seu falecimento, ocorrido em 16 de agosto de 1327.
O seu culto foi reconhecido em 1584 pelo papa Gregório XIII, que manteve a sua festa no dia de sua morte. Hoje, as relíquias de são Roque são veneradas na belíssima basílica dedicada a ele em Veneza, Itália, sendo considerado o santo Protetor contra as Pestes.
(Texto adaptado do Portal Arquidiocese de São Paulo)