Solenidade da Epifania do Senhor – Leituras Iniciais
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Sugerimos que antes de lerem estes comentários, façam as leituras na Bíblia.


1ª Leitura (Isaias 60, 1-6)

A primeira leitura do dia de Natal nos apresenta os acontecimentos dramáticos que, 587 anos antes do nascimento de Cristo, conduziram à destruição de Jerusalém.

Os anos passam e as esperanças do retorno dos deportados da Babilônia diminuem sempre mais. “A Senhora das Nações” (Lamentações 1, 1), “o orgulho da terra inteira” (Isaias 62, 7), aquela que, na época do seu máximo esplendor, fora comparada a uma jovem bonita, elegante, desejada por todos, agora se transformou numa velha escrava, decadente, abatida.

Dentro desta moldura histórica, eis o que o profeta contempla. . . Está surgindo a aurora e o primeiro raio do sol ilumina a cidade. Talvez esteja sonhando, mas de repente Jerusalém, a viúva infeliz, se torna resplandecente, maravilhosamente bela. Volta a ser a moça jovem e magnífica de tempos atrás, envolta num manto de luz, como um vestido multicolor.

O sonho do profeta se realizou quando, sobre esta cidade, começou a brilhar a luz de Cristo. Desde aquele dia ela se transformou na jovem esposa para a qual acorrem todas as nações.

Se observarmos a situação das nossas comunidades. . . às vezes se parecem mesmo com a cidade de Jerusalém velha e decadente. Por que, nestas fases de desânimo, não as contemplamos com os mesmos olhos com os quais o profeta olhava a cidade de Jerusalém?

2ª Leitura (Efésios 3, 2-3.5-6)

Para quem estão destinadas a libertação e a salvação anunciadas pelo profeta e sobre as quais Jesus falou? Diz São Paulo nesta leitura: Todos os homens e todas as nações são seus destinatários (vers.5b).

O projeto de Deus é para que judeus e pagãos formem uma única nação. Todas as divisões e todo o individualismo devem desaparecer. A libertação acontece quando acaba o distanciamento entre Deus e os homens, quando acabam as invejas, as discórdias, a guerra. Surge uma nova realidade: os homens começam a viver como irmãos, sem suspeitas, sem invejas, sem ódios, sem homicídios. Começam a viver assim porque Jesus lhes disse que são filhos de um só Pai.

Todos os que criam divisões, os que levantam barreiras para separar, com certeza se excluem da lógica de Deus, porque Ele quer união.

Como devem se portar, então, os cristãos diante dos conflitos entre etnias, culturas, tribos? Qual a nossa obrigação para harmonizar os conflitos que surgem entre as classes sociais?