4º Domingo da Páscoa
Diác. Celso Majoral
Paróquia São João Batista
“Eu e o Pai somos um.”
Evangelho (Jo 10,27-30)
A missão desse Pastor (Cristo) é dar vida às ovelhas. Ao longo do Evangelho, João descreve, precisamente, a ação de Jesus como uma recriação e revivificação do homem, no sentido de fazer nascer o Homem Novo (cfr. Jo 3,3.5-6), o homem da vida em plenitude, o homem total, o homem que, seguindo Jesus, se torna “filho de Deus” (cf. Jo 1,12) e que é capaz de oferecer a vida por amor.
Os que aceitam a proposta de vida que Jesus lhes faz não se perderão nunca (“nunca hão de perecer e ninguém os arrebatará da minha mão” – Jo 10,28), pois a qualidade de vida que Jesus lhes comunica supera a própria morte (cf. Jo 3,16;8,51). O próprio Jesus está disposto a defender os seus até dar a própria vida por eles (cf. Jo 10,11), a fim de que nada nem ninguém (os dirigentes, os que estão interessados em perpetuar mecanismos de egoísmo, de injustiça, de escravidão) possa privar os discípulos dessa vida plena.
As ovelhas (os discípulos), por sua vez, têm de escutar a voz do Pastor e segui-l’O (cf. Jo 10,27). Isto significa que fazer parte do rebanho de Jesus é aderir a Ele, escutar as suas propostas, comprometer-se com Ele e, como Ele, entregar-se sem reservas numa vida de amor e de doação ao Pai e aos homens.
O texto termina com uma referência à identificação plena entre o projeto do Pai e o projeto de Jesus: para ambos, o objetivo é fazer nascer uma nova humanidade. Em Jesus está presente e manifesta-se o plano salvador do Pai de dar vida eterna (vida plena) ao homem; através da ação de Jesus, a obra criadora de Deus atinge o seu ponto culminante.