Diocese de Jundiaí realiza live sobre Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
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Na última terça-feira (03/12), em comemoração pelo Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a Diocese de Jundiaí realizou uma live sobre a Importância da data, que contou inclusive com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

(Foto em destaque: Dom Arnaldo e os convidados na live promovida pela Diocese de Jundiaí. / Setor Comunicação DJ) 

Para tratar questões sobre o tema, o Bispo Diocesano, Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, recebeu o Doutor André Rodrigues Duarte, vice-presidente da Comissão das Pessoas com Deficiência – OAB Jundiaí; o Doutor Marco Antônio dos Santos, assessor de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Prefeitura de Jundiaí; Elisângela Aparecida Pelegrinelli, Coordenadora Diocesana da Pastoral da Pessoa com Deficiência; Júnior Guarda, jornalista e membro do Grupo de Divulgação da Causa de Canonização de Maria de Lourdes Guarda. A live contou com a mediação do cientista político, pesquisador e professor Samuel Vidilli.

A origem da comemoração da data, os desafios e os direitos das Pessoas com Deficiência, a aplicação das leis, a história de vida da Serva de Deus Maria de Lourdes Guarda e informações sobre o processo de canonização, foram alguns dos assuntos conversados.

A live completa pode ser assistida no canal oficial da Diocese de Jundiaí no YouTube.

Quem foi Maria de Lourdes Guarda

Maria de Lourdes Guarda nasceu em 22 de novembro de 1926, em Salto. Filha de Innocêncio Guarda e Julia Froner Guarda, estudou no Colégio do Patrocínio, em Itu, pertencente às Irmãs de São José de Chambéry. Com 18 anos, já lecionava no Colégio da Congregação das Filhas de São José do Caburlotto, em Salto, e sonhava seguir na vida religiosa, porém, antes era preciso tratar um problema de saúde na coluna, lesão que lhe causava muitas dores.

Em 12 de agosto de 1947, passou pela primeira cirurgia na coluna, que não eliminou as dores, precisando submeter-se a novas cirurgias. Em cinco anos realizou seis intervenções que se configuraram como tentativas frustradas para fazê-la andar. Já com o pé direito gangrenando e outras complicações na coluna, teve a perna amputada acima do joelho. Os ossos dos quadris foram extraídos, o que provocou a atrofia e a imobilidade total da perna esquerda. Foi preciso construir uma armação de madeira como proteção para não paralisar a circulação sanguínea.

Ainda jovem, cheia de vida, com planos para o futuro, Maria de Lourdes viu-se totalmente imobilizada em uma cama, sem ao menos poder sentar-se, uma vez que foi necessário engessá-la com uma canaleta nas costas, do pescoço ao joelho.

Em agosto de 1972, no Hospital Matarazzo, em São Paulo, comemora seus 25 anos de internação, porém, mesmo imobilizada, não deixou de fazer tricô e bordados sob encomenda para pagar as diárias hospitalares. Seu quarto era um ponto de encontro e de atração, reunindo não só amigos, mas pessoas de todas as classes sociais que buscavam consolo e ajuda para as suas carências.

Sua alegria e paz de espírito irradiavam a cada dia para além das paredes do quarto. Aceitando e assumindo a sua realidade de paraplégica, abre espaço para acolher a graça de Deus. Seus amigos recordam que seu rosto era sadio, corado, e seus olhos azuis brilhantes, e que dizia: “nenhuma deficiência é impedimento para a vida”. Concretizou na sua história quanto São Paulo experimentou: “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder” (2Cor 12,9). 

Engajada na Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiência (FDC), movimento internacional, fundado na França em 1981, foi eleita Coordenadora Nacional do movimento, permanecendo até 1992. Viajou pelo Brasil e América Latina graças a doações de passagens de uma empresa aérea, formando, em território nacional, mais de 250 grupos da Fraternidade. 

Faleceu em 05 de maio de 1996, em Salto, e, em 30 de setembro de 2011, já considerada Serva de Deus, seus restos mortais foram transladados para o altar da Sagrada Família, na igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto.

Em 2021, a Diocese de Jundiaí enviou à Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, o conjunto de documentos que apresenta todas as informações e provas relativas às virtudes de Maria de Lourdes Guarda. A Congregação dará em breve um parecer acerca do processo. Sendo positivo, Maria de Lourdes será proclamada ‘Venerável’ – pessoa que viveu as virtudes cristãs de forma heroica, ou que sofreu realmente o martírio – e estará a um passo de ser beatificada.

Para comunicar as graças recebidas, entrar em contato com:

Cúria Diocesana de Jundiaí – Causa de Canonização de Maria de Lourdes Guarda
Rua Engenheiro Roberto Mange, 400, Anhangabaú
Jundiaí-SP, Brasil – CEP 13208-240

(Fonte: Site Diocese de Jundiaí)