A verdadeira frase do Papa Francisco
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“Os homossexuais têm direito a estar em família, são filhos de Deus. Não se pode expulsar uma pessoa de sua família ou tornar a vida impossível para ela. O que temos que fazer é uma lei de convivência civil, para serem protegidos legalmente.” (Papa Francisco)

Nesta semana o lançamento de um filme na Itália, fez afirmações de que o Papa Francisco, supostamente pede a legalização da união de casais homoafetivos e sejam aceitos como uma família. Tal afirmação tem gerado grande polêmica sendo assunto de vários debates, causando grande sensacionalismo na mídia internacional.
De acordo com Monsenhor André Sampaio, especialista em História das Relações Internacionais pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Mestre e Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e membro do corpo de diplomatas da Santa Sé, a verdadeira frase do Papa Franscico é: “Os homossexuais têm direito a estar em família, são filhos de Deus. Não se pode expulsar uma pessoa de sua família ou tornar a vida impossível para ela. O que temos que fazer é uma lei de convivência civil, para serem protegidos legalmente.”
De acordo com Monsenhor André, “a família deve acolher o homossexual e não excluí-lo. E além disso, a lei que o Papa sugere é uma lei de proteção a essas pessoas que são abandonadas pelas famílias e até expulsas de casa. Em alguns países é possível excluir os filhos da herança. O papa fala de caridade cristã para quem está num momento muito difícil de vida. Infelizmente a imprensa não foi nada caridosa com o Papa mais uma vez, e as pessoas menos ainda.”
Em 19 de março de 2016, na solenidade de São José e em seu quarto ano de pontificado, Papa Francisco anunciou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Lætitia, que abordou o amor na família. A seguir seguem os itens 250 e 251 do documento, que aborda com clareza a questão da união homoafetiva.
250. A Igreja conforma o seu comportamento ao do Senhor Jesus que, num amor sem fronteiras, Se ofereceu por todas as pessoas sem exceção. Com os Padres sinodais, examinei a situação das famílias que vivem a experiência de ter no seu seio pessoas com tendência homossexual, experiência não fácil nem para os pais nem para os filhos. Por isso desejo, antes de mais nada, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar «qualquer sinal de discriminação injusta» e particularmente toda a forma de agressão e violência. Às famílias, por sua vez, deve-se assegurar um respeitoso acompanhamento, para que quantos manifestam a tendência homossexual possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida.
251. No decurso dos debates sobre a dignidade e a missão da família, os Padres sinodais anotaram, quanto aos projetos de equiparação ao matrimónio das uniões entre pessoas homossexuais, que não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família. É «inaceitável que as Igrejas locais sofram pressões nesta matéria e que os organismos internacionais condicionem a ajuda financeira aos países pobres à introdução de leis que instituam o “matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo».
A nós, católicos, cabe o firme compromisso de nossa fé, de permanecermos unidos ao Vigário Visível de Cristo e à Igreja.

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