Presidente da Fifa descarta de vez Mundial de Clubes
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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou que o Mundial de Clubes de 2020, que seria realizado em dezembro no Catar, deverá ser organizado em algum momento do início do ano que vem, no mesmo país. A mudança já era esperada por causa dos impactos da pandemia do coronavírus no calendário internacional.
“Várias confederações não irão concluir seus torneios continentais de clubes neste ano, então, não será possível manter o plano original. Mas estamos conversando sobre fazer no Catar no começo do ano que vem. Há algumas situações que são mais importantes do que futebol, com a saúde, e temos que levar isso em consideração”, declarou Infantino, após a realização da 70ª edição do congresso anual da Fifa.
Esta será a última edição do Mundial de Clubes, no formato atual, com sete participantes. Os campeões de cada continente e mais um representante do país-sede. Mas o novo torneio ainda não tem data para estrear.
O novo formato do Mundial de Clubes, terá 24 times, que deveria ter sua primeira edição no ano que vem na China, ainda não tem data para ocorrer. A janela de junho de 2021 será ocupada pela Copa América e pela Euro, o que deixou o Mundial de Clubes suspenso. O novo torneio gerou algumas resistências da Uefa e da Conmebol, mas Infantino deixou claro que não vê isso como um problema.
O presidente da Fifa disse que não há uma crise de relacionamento com as duas principais confederações continentais – Europa e América do Sul. “O calendário atual está valendo até 2024. Neste ano e no próximo vamos ter que decidir que o acontece a partir de então. Nós quisemos deixar o calendário de 2021 para Euro e Copa América. Mas queremos que eles também participem do Mundial de Clubes. Nossa relação hoje é muito próxima, tivemos muitas reuniões de nível operacional. Vamos ter janelas maiores para seleções, menos jogos e jogos mais relevantes. Tudo isso vai ser debatido e discutido.
A criação de um novo Mundial de Clubes era o principal pilar do plano de Infantino para tentar reduzir a diferença – financeira e técnica – entre clubes europeus e seus concorrentes do resto do mundo. Foi essa sua promessa em 2019, quando foi reeleito para mais quatro anos à frente da Fifa. Questionado sobre o quanto havia avançado neste plano em 15 meses, Infantino respondeu: “Não tenho como saber antes de um novo Mundial, esta seria uma resposta fácil. Mas o que eu posso dizer é que vamos continuar trabalhando para que mais times participem dos torneios internacionais”.

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