Na JMJ serão recordados os jovens que vivem a guerra, na Ucrânia e no mundo
No âmbito da sua visita à Ucrânia, a convite do Episcopado daquele País a braços com a guerra há quase um ano e meio, D. Américo começou por reafirmar que o Papa Francisco pede que se faça chegar a todos os jovens o convite de participar na Jornada, sem esquecer os que não poderão ir a Lisboa. Foi assim – explicou o prelado – que, acolhendo o convite pela Igreja greco-católica e seguindo a inspiração do Espírito, “eu respondi imediatamente de sim e aqui estou, e aqui vim dando graças a Deus pelo Espírito Santo ter desencaminhado para esta missão”.
Para o Bispo auxiliar de Lisboa, é “grande a alegria de trazermos Cristo vivo até junto destes jovens e deste povo martirizado da Ucrânia, e a alegria de encontrar aqui Cristo vivo também, nas suas vidas, nos seus sofrimentos, nas suas dificuldades, nas suas lagrimas, na vida e na morte desses nossos amados irmãos e irmãs”. Momento igualmente para D. Aguiar reiterar a urgência de “darmos testemunho de Cristo vivo à humanidade, pois quando tiramos Deus nos nossos corações, o que acontece é a crueldade, a maldade, a mentira, a morte, a violência e a guerra …”.
Momento particularmente importante na visita de D. Aguiar à Ucrânia foram os dois encontros com os jovens em dois Santuários marianos, encontros que para o Bispo foram um bombom, um miminho da parte de Deus, pois trata-se de encontros realizados no coração da Mãe. E a alegria do encontro com os jovens, enfatizou ainda D. Aguiar, é eles se sentirem amados, cuidados e que nós nos preocupamos com eles: “E (como diz o Papa Francisco), nós também queremos ouvi-los, queremos que eles hagan lío, sonhem, que lutem pelos seus sonhos – insistiu D. Américo que, num contexto de guerra, reafirmou ter recebido dos jovens “a coragem e a alegria de serem protagonistas das suas vidas e da história e da paz que tanto desejamos para Ucrânia”.
Por último, e respondendo à pergunta se haveria na JMJ de Lisboa, um momento particularmente dedicado aos jovens da Ucrânia, D. Aguiar não escondeu a dificuldade do momento, reafirmando que não é intenção de ninguém acrescentar qualquer dor à dor já existente, acrescentar qualquer desconforto ao sofrimento destes jovens cujos corações estão feridos: “só o tempo e a oração poderão fazer aquilo que é necessário”, disse D. Américo. Por isso, “o dom da paz que queremos pedir ao Pai do céu, isso será uma certeza, e nós teremos presentes quer os jovens da Ucrânia, quer os jovens de tantos outros países do mundo que infelizmente vivem a guerra atualmente ou vivem a guerra já há muito tempo, e isso será tornado presente na nossa Jornada Mundial da Juventude” – concluiu o presidente da JMJ Lisboa 2023.
Leia aqui a entrevista integral com D. Américo Aguiar:
Qual foi a finalidade desta viagem à Ucrânia e quais são as impressões que o Bispo teve desta visita à Ucrânia, em geral?
O nosso querido Papa Francisco está sempre a lembrar-me de não me esquecer dos jovens que não podem ir a Lisboa, permanentemente, o Papa, pede que façamos chegar o convite a todos os jovens e não esquecermos aqueles que não podem ir a Lisboa. Há duas semanas atrás, ao receber o Padre Valdemar e Roman, da Igreja Greco-católico em Lisboa a preparar a ida dos jovens ucranianos, foi me colocada a possibilidade de os visitar, sabendo eles por princípio que não era possível, mas o Espírito Santo fez-me lembrar o rosto e as palavras do querido Papa Francisco, e eu respondi imediatamente de sim e aqui estou e aqui vim dando graças a Deus pelo Espírito Santo ter desencaminhado para esta missão. A impressão, é a alegria de trazermos Cristo vivo ate junto destes jovens e deste povo martirizado da Ucrânia, e a alegria de encontrar aqui Cristo vivo também, nas suas vidas, nos seus sofrimentos, nas suas dificuldades, nas suas lagrimas, na vida e na morte desses nossos amados irmãos e irmãs. Portanto, são momentos únicos da vida que ajudam a preparar melhor ainda o futuro na certeza de que é urgente darmos testemunho de Cristo vivo a humanidade, por quanto tiramos Deus nos nossos corações é isso que acontece; a crueldade, a maldade, a mentira, a morte, a violência e a guerra … Não mais a guerra!
O senhor Bispo teve dois encontros com os jovens da Ucrânia, pode dizer as suas impressões?
Estes dois encontros um de modo especial com os jovens da Igreja nossa irmã Greco-católica, num santuário Mariano e o outro com jovens católicos também num santuário Mariano. Primeiro este bombom, este miminho da parte de Deus, desses encontros serem realizados no coração da Mãe, como nos disse o nosso querido Papa Francisco em Fátima temos mãe, e encontramos com esses jovens, com estes filhos na casa da mãe, tem um sabor doce muitíssimo especial e o encontro com eles e a alegria de encontro com eles, é eles sentirem-se amados, cuidados e que nos preocupemos com eles, e como diz o Papa queremos ouvi-los, queremos que eles hagan lío, sonhem, que lutem pelos sonhos que sejam poetas e neste contexto de guerra é muito mais difícil sonhar, lutar e ser poeta mas destes jovens recebi a coragem e a alegria de terem nos seus olhos e no seu coração Cristo vivo e de estarem disponível de serem protagonistas das suas vidas e da historia e da paz que tanto desejamos para Ucrânia.
Haverá durante as jornadas em Lisboa, um momento particularmente dedicado aos jovens da Ucrânia?
Nós estamos a trabalhar com estes sacerdotes que organizam a participação dos ucranianos já há muito tempo e vamos aprendendo aquilo que os magoa e aquilo que é um curativo, um paliativo nestes dias e meses que vamos vivendo, não queremos acrescentar qualquer dor, não queremos acrescentar qualquer desconforto ao sofrimento destes jovens, os seus corações estão feridos e o tempo é preciso, em muitos momentos das nossas vidas o tempo é necessário e só o tempo, o tempo e a oração poderão fazer aquilo que é necessário. Por isso, o dom da paz que queremos pedir ao Pai do céu, porque a paz é dom de Deus, e isso será uma certeza, e nós teremos presentes quer os jovens da Ucrânia, quer os jovens de tantos outros países do mundo que infelizmente vivem a guerra atualmente ou vivem a guerra já há muito tempo e isso será tornado presente na nossa Jornada Mundial da Juventude.