A Virgem Maria não é uma deusa
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Os que não entendem o amor dos católicos pela Mãe de Jesus padecem de pura e simples ignorância. Mas não uma ignorância circunstancial. Trata-se de uma ignorância completa, uma vez que abarca o desconhecimento sobre várias coisas: o Antigo Testamento, a história da Salvação como um todo, a pessoa de Maria de Nazaré, a Doutrina católica, etc. Sendo bem honesto, muitos católicos devotos padecem do mesmo mal. A diferença entre uns e outros é a má vontade dos que desprezam Nossa Senhora.

O grande e primeiro erro é imaginar a Virgem Maria como uma imagem de gesso, madeira ou resina. Porém, sobre esse tema das imagens sacras discorrerei posteriormente. Acontece que a Mãe de Cristo é uma pessoa, de carne e osso. Nasceu de forma milagrosa de um casal judeu, Joaquim e Ana. E foi escolhida por Deus para ser a genitora do Salvador. Ela não pediu por isso, mas teve a humildade de aceitar e submeter-se completamente a Deus. Com seu marido José, criaram Jesus desde menino.

Não sei você, mas quando alguém se refere à minha mãe faço questão de que seja de forma respeitosa. Mãe só tem uma, certo? Quantas brigas já aconteceram por causa de uma desonra ou xingamento que coloca a nossa mãe no meio?

Imagine qual é a reação de Cristo quando rebaixam a Mãe dele ou a desonram através de algum tipo de menosprezo, tomando-a por uma mulher qualquer? Deus mandou o arcanjo Gabriel chama-la de “bem aventurada”, o que significa santa. Mas há quem pense o contrário.

A fundamentação bíblica a respeito da importância de Maria de Nazaré é perfeita. Com a devida honestidade intelectual é fácil perceber que não se trata de uma mulher comum, embora fosse ela muito simples enquanto pessoa e na sua maneira de viver. Por isso não é compreensível, por exemplo, que muitos dos nossos irmãos protestantes rejeitem Nossa Senhora. Não entendem que, dessa forma, rejeitam o próprio Cristo? Como podem ser cristãos que amam o Filho mas desrespeitam a Mãe? Jesus concorda?

Até mesmo entre os muçulmanos há mais respeito com a Virgem Maria. Pasmem! O Alcorão, livro sagrado dos maometanos, tem um capítulo dedicado a ela. O próprio Maomé era devoto da Mãe de Jesus. Ele afirmava que jamais encontrou um modelo tão perfeito de submissão a Deus. A palavra Islã significa “submissão”. Os islâmicos respeitam Nossa Senhora e aceitam como verdadeiros inúmeros pontos que o Catecismo da Igreja Católica ensina a respeito da pessoa e da missão daquela jovem de Nazaré.

Se o desprezo é abominável, a confusão que alguns católicos fazem a respeito da devoção à Virgem também atrapalha muito. Maria não é uma deusa. Ela é uma criatura igual a nós. Acontece que é a mais bela, pura e perfeita criatura que já pisou esta terra, depois de Cristo. Maria não é maior que Jesus e nem se equipara a Deus. Quem tenta fazer isso é o diabo, não ela. Maria fez-se escrava da vontade divina, merece todo o nosso amor e devoção. Mas o que a Mãe não deseja é que a tenhamos como algo que ela não é.

A fé católica é cristocêntrica. Cristo é o fundamento, o centro e o ápice de tudo em nossa Fé. Porém, a Mariologia nos ensina a amar e a respeitar a Mãe de Jesus do modo correto, sem desprezos ou endeusamentos. Maria é a “nova Eva” e a “co-redentora”, porque em tudo ajudou seu Filho no plano da nossa Redenção. O mínimo que você precisa fazer para não ser um católico idiota ou um cristão de meia tigela, é aprender a respeitar a mãe dos outros. A começar pela Mãe de Jesus. Nós, os filhos, agradecemos de coração.