Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) apresenta hino de sua 26ª Assembleia Geral Eletiva

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deu início ao processo de preparação para a sua 26ª Assembleia Geral Eletiva – que será realizada de 19 a 21 de julho, de forma presencial. A assembleia tem como tema: “Ressignificar a Vida Religiosa Consagrada em uma Igreja Sinodal” e o lema: “Permanecei em meu amor” (Jo 15,9).
De acordo com a CRB, até julho serão realizadas ações para a preparação e aprofundamento do tema. Durante este período serão trabalhados mensalmente os três eixos centrais do tema: centralidade de Jesus Cristo, missionariedade e sinodalidade. Serão disponibilizados subsídios, lives e análises de conjuntura.
Nesta semana, a CRB divulgou o hino oficial de sua 26ª Assembleia Geral Eletiva, de autoria do padre Osmar Bezutte e gravação do grupo musical da COMEP Paulinas.
Confira a letra do hino na íntegra:
Há um apelo ecoando pela Igreja:
“Novo sentido” [ressignificação] em caminho sinodal:
Dialogar e cultivar a esperança,
Profetizar a ecologia integral.
O Coração Divino diz:
“Permanecei em meu amor”.
Centralidade em Jesus Cristo
Na alegria e na dor.
Fincar raízes nesse Coração que chama
É ser Igreja servidora e missionária,
Fazer brotar fraternidade na história:
É nossa vida consagrada solidária.
Trindade Santa, ensinai-nos a dar passos
sendo fiéis, com ousadia e profetismo;
dai-nos coragem nestes tempos tão difíceis,
pregando o Reino, combatendo o comodismo.
Ó Santo Espírito, das coisas sempre novas,
tocai o nosso coração pro vinho novo:
discipulado em missão, caminhar juntos,
sororidade universal com nosso povo!
Identidade visual
A identidade visual da assembleia foi apresentada em uma live que contou com a participação do autor da arte, o irmão Marista, Luiz Carlos Lima, que reside na cidade de Belo Horizonte e faz parte da coordenação do SAV da Regional Minas Gerais. Segundo o estudante de teologia e artista visual nas horas vagas, o conceito da arte é “do coração de Jesus, chamados à sinodalidade”.
Ainda de acordo com o irmão Luiz Carlos, “o convite de Jesus para que “permaneçamos em seu amor” (cf. Jo 15,9), dentro de uma lógica de sinodalidade e profecia, é também convite para sairmos ao encontro de todos quantos se aproximarem de nós, a promovermos diálogos fecundos, a cultivarmos esperança e fraternidade onde estivermos”.
Confira a explicação da arte feita pelo irmão Luiz Carlos:
“O primeiro deles é o próprio Jesus, que é apresentado como o Caminho que nos leva ao Pai (cf. Jo 14,6); entre suas mãos é possível distinguir um caminho, cuja meta é o Reino de Deus que, gradativamente, vai se concretizando na história.
O terceiro elemento é um conjunto de pessoas, de diferentes estados de vida e tipos físicos, que representam a diversidade de vocações e carismas existentes na Igreja. O fato de terem sido esboçadas sem cores e caminhando juntas, é um convite a que nos reconheçamos nelas e, assim, completemos a arte com nosso próprio rosto, nossa história e chamado.
Há ainda um grande coração, que evoca a palavra bíblica que iluminará a preparação e a realização da 26ª AGE: “permanecei no meu amor”. O coração, que está transpassado por pessoas, cores e símbolos culturais, representa a comunidade eclesial e, em especial, a vida religiosa, chamadas a ser, por amor, espaço aberto para a acolhida, a proteção e a promoção da pessoa humana; é também um expressivo símbolo vocacional que nos recorda que o chamado à vida religiosa consagrada é um convite feito pelo próprio Jesus ao coração de cada um de nós, religiosos e religiosas.
O último elemento da arte é uma árvore que brota do coração de Jesus, símbolo que nos remete, por exemplo, à ecologia integral, ao cuidado da vida humana, à profundidade nas relações interpessoais. Ao mesmo tempo, é um convite à profecia e à esperança, a fincar raízes no coração daquele que nos escolheu, formou e enviou como membros de uma igreja missionária, servidora do Reino da vida.
Essa arte, em cada um de seus elementos, quer nos animar, enquanto Vida Religiosa, a mostrar ao mundo o rosto de uma Igreja sinodal, que deseja ser sinal de esperança em nosso tempo e lugar. As mulheres e homens consagrados, como sujeitos eclesiais, devem, assim, caminhar em sinodalidade, oferecendo ao mundo a força e a beleza daquilo que têm aprendido no seguimento de Jesus Cristo: uma fraternidade universal, vivida em missionariedade profética, gerada num coração apaixonado por Deus e pela pessoa humana.