Brasil Paralelo
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Graças a uma insígnia que eu usava em uma missa em minha paróquia, fui abordado por um rapaz ao final da celebração, que se disse curioso em saber do que se tratava. Após explicar-lhe de que associação religiosa se tratava, a conversa fluiu por mais alguns minutos e, já na praça em frente à matriz da paróquia, o moço, de conversa agradável, identificou-se como sendo professor de “mentiras históricas” na rede pública da cidade. Rimos e estendemos a conversa por mais alguns momentos, lamentando os rumos que a educação quase que totalmente ideologizada de esquerda estragou o povo brasileiro e continuava, de vento em popa, corrompendo a infância e a juventude em nosso país.

A resignação daquele jovem professor de História perante um sistema que lhe impõe o ensino com viés totalmente socialista/marxista nos dá uma sensação de impotência, ainda mais nestes tempos em que a esquerda, sentindo-se enfim ameaçada por uma direita ascendente e pelo despertar de um povo predominantemente conservador como é o brasileiro, passou a vomitar sobre a sociedade, de maneira cada vez mais contundente, todas as insídias possíveis e jamais imagináveis para alcançar seus objetivos e implantar seu projeto de poder e destruição da civilização cristã. Com efeito, a ideologia marxista impera em praticamente todos os setores da sociedade, já como resultado da desejada revolução cultural gramsciana. Antonio Gramsci, filósofo italiano do início do século XX, “afirmava que ‘antes de ocupar o Estado por meios funcionais e legais, seria necessário se infiltrar nos órgãos culturais’. Assim, busca-se justamente uma mudança mental, ou seja, do ensino, que naturalmente levará a uma alteração comportamental na sociedade. Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava ‘superação do senso comum’, que outra coisa não é senão a hegemonia do pensamento, fazendo com que as pessoas aceitassem naturalmente os fundamentos impregnados na ideologia e não oferecessem resistências à revolução”.

Sem qualquer exagero, é exatamente o que estamos vivendo, notadamente no nosso Brasil, onde se muitas famílias chegam a ponto de preferir o sacrifício de estudar os filhos em custosas escolas e universidades privadas a deixarem-nos cursar as públicas, especialmente as instituições federais e estaduais, como tentativa de preservar sua integridade física, intelectual e sobretudo moral.

É lamentável e – mais que isso – triste que se veja tanto empenho de grande parte dos nossos “educadores” em destruir a História do Brasil, denegrir seus protagonistas e incutir em nossas crianças e jovens um sentimento de indiferença ou até vergonha em relação à sua história, a seus antepassados. Lida sob um viés absolutamente socialista, quanta deturpação em relação às nossas origens europeias, aos objetivos e circunstância do descobrimento e da colonização portuguesa! Como nos é sonegada a riquíssima história religiosa do país! Como tudo, absolutamente tudo é relacionado à maldade de uma minoria em relação aos “oprimidos”!

Mas quando tudo parece estar perdido e as esperanças de uma melhora parecem arrefecer em cada um de nós, eis que surge um grupo de jovens idealistas, lá em Porto Alegre, a plantar uma sementinha que logo germinou, despontou, cresceu e hoje é uma excelente alternativa para quem deseja ao menos conhecer o “outro lado da moeda”. Trata-se da plataforma Brasil Paralelo.

Com o objetivo de “resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros”, a Brasil Paralelo foi fundada em 2016 pelos jovens Lucas Ferrugem, Henrique Viana e Filipe Valerim e hoje é uma empresa de entretenimento e educação orientada “pela busca da verdade histórica, ancorada na realidade dos fatos, e sem qualquer tipo de ideologização na produção de conteúdo”. De acordo com seu sítio na internet, é uma iniciativa totalmente independente, sem qualquer subsídio estatal, que sobrevive graças ao apoio de seus membros assinantes – hoje mais de 280 mil. Com crescimento de mais de oito mil por cento da fundação até 2021, a plataforma conta atualmente com mais de 100 produções originais, mais de 50 cursos distribuídos em 10 categorias, entrevistas, reportagens, podcasts, além de um streaming – a BP Select – com filmes selecionados a dedo, com os respectivos debates e comentários, o que lhe valeu, só em 2021, a marca de mais de 15 milhões de espectadores únicos!

Não bastasse o conteúdo, produzido por meio de vasta pesquisa e com o apoio de nomes de peso, suas produções são fantásticas, de uma qualidade invejável! A primeira produção do grupo – “Congresso Brasil Paralelo” – marcou o seu lançamento com uma radiografia impressionante do cenário político brasileiro. “A sétima arte”, sobre a música, e seus já dois especiais de Natal, formidáveis. “Entre armas e livros”, desmontando falácias sobre o regime militar, até chegarmos em “Entre Lobos”, documentário importantíssimo sobre o problema da segurança no Brasil, e o recém-lançado “A crise dos 3 Poderes”, diagnosticando a instabilidade institucional vivida pelo país, são outros exemplos. E, talvez a mais importante de suas produções, o documentário “Brasil – A última cruzada”, responsável por um redespertar de civilidade e patriotismo no povo brasileiro, com nova edição prevista para o início de setembro, em meio às celebrações do Bicentenário da Independência.

Enfim, temos aonde correr. Para quem ainda não conhece, vale a pena conferir!