Igreja da Amazônia: fazer memória dos 50 anos dos primeiro encontro de Bispos da Amazônia em Santarém (PA)
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De 6 a 9 de junho, no Seminário São Pio X, mesmo local em que se reuniu a Igreja da Amazônia 50 anos atrás, quase 100 participantes, bispos, presbíteros, religiosos e religiosas, leigos e leigas da Igreja da região e de outros locais do Brasil e da América Latina, querem atualizar à luz do caminho percorrido, especialmente das orientações surgidas no Sínodo para a Amazônia, o legado de Santarém, que teve como fundamento a concretização de uma Igreja encarnada e inculturada.

O encontro quer ser um momento de espiritualidade, destacando a acolhida de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, que se deslocará desde Belém para estar presente em um momento singular da vida da Igreja da região, como é a comemoração dos 50 anos de Santarém. A presença de Nossa Senhora de Nazaré quer ser também um reconhecimento à religiosidade popular na Amazônia, sustento secular da fé do povo do bioma amazônico.

Uma presença que, segundo o padre Vanthuy Neto, seguindo o acontecido em Aparecida, quer visibilizar “a religiosidade popular e a maternidade de Maria”. O padre da diocese de Roraima lembra que no Documento de Santarém, Nossa Senhora de Nazaré é considerada “a Rainha da Amazônia”. Daí, ele vê três sentidos nessa presença: o encontro não é só dos bispos, mas um encontro que quer fazer um diálogo com a experiência da religiosidade popular, da piedade, da fé do povo, algo presente no Círio de Nazaré; pedir que Nossa Senhora ajude a concretizar na Amazônia as experiências dessa Igreja que cada vez mais deseja armar sua tenda no meio do povo e que o Evangelho se torne fermento na vida das comunidades, da sociedade; agradecer à Mãe de Jesus pela companhia, e, no serviço do qual ela é modelo, ir ao encontro de quem está mais frágil e necessitado, acolhendo o Mistério de Deus que se realiza em meio aos pobres.