“Tomai e comei: isto é o meu Corpo que é dado por vós!
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, na qual Jesus ofereceu ao Pai seu Corpo e seu Sangue sob as espécies do pão e do vinho. É nessa cerimônia que se comemora a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio.
Instituição da Eucaristia
A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas: “eu” e “cháris”. Juntas, significam “ação de graças” e designam a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho. Cada Missa é, portanto, uma celebração de ação de graças, a celebração da Ceia do Senhor. Como fez na última ceia, Jesus quis que seus discípulos se reunissem com seus seguidores e se recordassem dele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, Jesus instituiu o sacerdócio católico e deu aos discípulos o poder para celebrar a Eucaristia.
Lava-pés
É um ritual litúrgico que relembra o gesto de Jesus de lavar os pés dos discípulos, durante a última ceia. Ele quis demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem. Não se trata de uma encenação dentro da Missa, mas de um gesto litúrgico. O bispo ou o padre, ao lavar os pés de pessoas da comunidade, está imitando o gesto de Jesus, como compromisso de estar sempre a serviço da comunidade.
Vigília de Guarda
Após a Missa da Santa Ceia e do Lava-pés, a Igreja entra em um período de silêncio e oração, em memória da prisão, flagelo e morte de Jesus. Em alguns lugares, logo após a Missa, tem início a Vigília de Guarda ou Vigília da Paixão, com adoração silenciosa ao Santíssimo Sacramento, que rememora o momento de oração que Jesus passou no Horto das Oliveiras, pedindo a seus discípulos que rezassem com ele. Nessa noite, Jesus é preso e torturado, e enviado às autoridades que o condenam à morte na Cruz.