“Eis o lenho da cruz do qual pendeu a Salvação do mundo”
Na Sexta-feira Santa celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, a oração e o jejum são as principais marcas deste dia, que deve ser vivido em clima de profundo respeito diante da morte do Senhor. Pois, morrendo, Jesus foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
Adoração da Cruz
Em torno de 15h, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística. Através dos textos da Sagrada Escritura e das orações litúrgicas, estaremos como que reunidos no Calvário para celebrar a Paixão e a Morte Redentora de Jesus Cristo. Ao nos prostrarmos diante da Cruz, reconhecemos que o sofrimento e a morte de Jesus não foram em vão, mas o caminho necessário para a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Via Sacra e Encenação da Paixão de Cristo
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na entrega e na misericórdia de Jesus, que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, a Via Sacra é realizada nas ruas com a meditação das 14 estações da “Via Crucis” – o caminho da crucificação. Em alguns lugares, também é costume realizar a encenação da Paixão e da Morte de Jesus Cristo, como forma de levar os fiéis a vivenciarem os últimos momentos da vida de Jesus.
Procissão do Enterro
Na Liturgia das Horas e na piedade popular há espaço também para a meditação em torno da Sepultura do Senhor. Na noite da Sexta-feira Santa, temos a retirada do corpo de Jesus da Cruz, seguido da Procissão do Senhor Morto e seu Enterro, na esperança da Ressurreição. Em muitos lugares, a figura de Verônica surge novamente, cantando a tristeza do sofrimento e da morte de Jesus. É um momento especial de recolhimento e oração, de aproximação ao sofrimento de Cristo, e de serena espera da Vida que nasce da Morte.
