RBR e AlphaTauri continuam na F1 mesmo após saída da Honda


As equipes RBR e AlphaTauri reafirmaram que vão continuar na Fórmula 1 depois de 2021 mesmo com a notícia da retirada da Honda como fornecedora de motores. As duas equipes, que são controladas por uma empresa fabricante de bebidas energéticas, assinaram o novo Pacto de Concórdia, documento que rege a parte comercial da F1, e prometem cumpri-lo pelo menos até o fim de sua vigência, em 2025.
Como signatária mais recente do Pacto de Concórdia da F1, a RBR continua comprometida com o esporte a longo prazo e ansiosa para embarcar numa nova era de inovação, desenvolvimento e sucesso. “Como um grupo, agora vamos usar o tempo que nos for concedido para avaliar e encontrar a solução de unidade de potência mais competitiva para 2022 e além”, disse Christian Horner, chefe da RBR.
Já o chefe da AlphaTauri, Franz Tost, exaltou os progressos conseguidos pela Honda nas últimas temporadas. Após um período complicado com a McLaren, a montadora japonesa começou parceria com a então equipe STR em 2018. No ano seguinte, a RBR também passou a ter motores Honda, e, desde então, conquistou cinco vitórias, todas com Max Verstappen. “AlphaTauri e Honda construíram uma relação muito boa e profissional desde que começamos a cooperar em 2018 (quando a equipe ainda se chamava STR). É uma pena que a Honda tenha decidido parar seu compromisso na F1, porque o desempenho de sua unidade de potência tem melhorado constante e dramaticamente para se tornar um dos melhores motores do grid num curto período de tempo, desde que eles voltaram ao esporte. Não será fácil encontrar um parceiro de motor como a Honda, mas, claro, vamos começar a olhar para todas as possibilidades”.
Sem a Honda, RBR e AlphaTauri terão três opções para fornecimento de motores a partir de 2022. A primeira é a Renault, com a qual a RBR teve seu período mais vitorioso na F1 e foi campeã de 2010 a 2013, mas numa época em que os motores ainda eram os aspirados de oito cilindros. Com as unidades híbridas de potência, a RBR enfrentou sérias dificuldades, e a relação com a Renault se deteriorou muito a ponto de haver a ruptura, no fim de 2018.
Além da Renault, sobram Mercedes e Ferrari. O problema é que as duas empresas fornecem unidades de potência para suas próprias equipes de fábrica, e estas têm sido adversárias diretas da RBR na luta por vitórias nas últimas temporadas da F1. Resta saber se Mercedes ou Ferrari aceitariam negociar com um time que pode lhes tirar resultados importantes.