A vocação de ser fermento

por Tadeu Eduardo Italiani
Estamos concluindo mais um mês de agosto, o mês em que a Igreja dedica à reflexão das vocações. O ponto de partida para essa reflexão é o nosso Batismo, onde nos tornamos membros da Igreja e do Corpo Místico de Cristo. Nas águas do Batismo se inicia a primeira vocação do ser humano: ser cristão e participar ativamente no processo constante de evangelização.
Vivemos em uma cultura dita pós-moderna, em que se acentua o fenômeno da globalização que desencadeia uma série de eventos e acontecimentos que ocasionam mudanças rápidas e radicais na vida do homem. Esses acontecimentos desencadeiam outros tantos acontecimentos, dentre eles a busca por respostas que sinalizem o sentido da vida para homens e mulheres.
Como cristãos e leigos e leigas batizados e respeitando a hierarquia da Igreja, somos chamados a difundir os valores do Evangelho nos ambientes em que estamos inseridos. Nossa missão evangelizadora é muito mais fora dos templos religiosos do que nas naves das Igrejas, construindo um mundo digno, justo, fraterno que proporcione aos diversos irmãos, uma estreita comunhão com Deus.
Como propagadores do Evangelho, devemos nos esforçar a cada dia para dar essa resposta de esperança cristã, na vida de muitos irmãos que buscam o sentido dessa vida.
Nosso testemunho de ações cristãs serve de lâmpadas para clarear o caminho daqueles que estão ao nosso redor. Assim como o fermento em massas de bolos e pães, devemos ser o fermento do Evangelho na sociedade, fazendo germinar pequenas comunidades que transformam os ambientes e impulsionando boas práticas inspiradas nas Bem-Aventuranças.
As pequenas comunidades formadas nos ambientes, se tornam um lugar privilegiado para o desenvolvimento da missão evangelizadora à qual somos vocacionados. Sendo o contraponto da sociedade secularizada, que em muitas vezes hostiliza a Igreja, afastando homens e mulheres da dimensão social e espiritual.
Pelo testemunho de vida, o batizado é chamado à vida pastoral e missionaria da Igreja, realizando ações evangelizadoras, se tornando Sal e Luz na sociedade.
Para ser esse fermento do Evangelho, é preciso renunciar ao comodismo, se dedicando a alimentar-se da Palavra de Deus e viver intensamente a vida sacramental. Aaproximar-se do Magistério da Igreja e conhecer cada vez mais a riqueza dos textos e documentos da Igreja, ser constantes no encontro com a Eucaristia e seguir as orientações da Igreja, sempre respeitando as orientações dos nossos pastores.