Em reunião com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, nesta terça-feira, 12 de agosto, a diretora nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), irmã Regina da Costa Pedro, apresentou o relatório de atividades de 2024 e destacou os principais projetos e avanços da instituição no país.

Entre os pontos centrais esteve o Projeto “POM em Saída”, iniciativa de planejamento estratégico para ampliar o conhecimento sobre as POM no Brasil e fortalecer sua missão de animação missionária com abertura universal.

“É fundamental ter representantes nas bases e articular melhor as ações, inclusive internamente entre as próprias Obras”, afirmou a diretora.

A reunião também abordou iniciativas específicas de cada Obra Missionária. A secretária nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé no Brasil, irmã Rosângela dos Santos, apresentou ações voltadas especialmente à juventude, como a Corrente Solidária do Mês de Maio, que arrecada recursos para missões em outros países; a Ação Missionária, realizada neste ano em Olinda e Recife; e o trabalho com famílias missionárias.

O secretário nacional da Pontifícia União Missionária, padre Rafael Lopez, ressaltou o lançamento da revista “Missão e Culturas”, em julho, como contribuição para a reflexão e a espiritualidade missionária no Brasil. Ele também destacou a atuação junto aos Conselhos Missionários de Seminaristas (COMISEs) para fortalecer a consciência missionária entre futuros presbíteros.

POM  e missão da Igreja no Brasil

Irmã Regina mencionou ainda as visitas que tem feito aos bispos nas reuniões dos Conselhos Episcopais Regionais (Conser), apresentando o projeto “POM em Saída” e reforçando a importância do Mês Missionário.

Segundo ela, essa aproximação tem sido essencial para que as POM sejam reconhecidas como um serviço de animação missionária a cada Igreja local, especialmente na preparação para o Congresso Americano Missionário (CAM 7), previsto para 2029.

Ao refletir sobre a contribuição das POM para a missão da Igreja, irmã Regina recordou que o organismo é “querido e abraçado pelo Papa” para ajudá-lo em sua solicitude pela Igreja universal. Ela citou o impacto do último Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus, que reforçou a compreensão de que a missão nasce na Igreja local, mas se estende “até os confins do mundo”.

Para a diretora, os congressos e eventos missionários não são fins em si mesmos, mas parte de um processo contínuo de oração, formação e sensibilização. “A missão não termina aqui; começa aqui, mas as fronteiras vão muito além”, concluiu.

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