10º Domingo do  Tempo Comum
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Diác.Ézio Benedito Ribeiro
Paróquia Senhor do Horto e São Lázaro

Evangelho (Mt. 28,16-20)

A verdadeira questão deste texto é sobre a identidade de Jesus. A controvérsia com os escribas termina com uma afirmação: Diante de quem diz que Ele «está possesso de um espírito impuro», Jesus declara que todos «os pecados e blasfémias» serão perdoados, mas «quem blasfemar contra o Espírito» não obterá perdão; dando a entender que a blasfémia contra o Espírito Santo seria negar a verdadeira identidade divina de Jesus, ficando associada aos demónios.
Quando Jesus mostra quem é a sua família, não está irmanado por laços de sangue, mas pela atitude diante da «vontade de Deus»: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».
A atitude fundamental de Jesus é a obediência à vontade de Deus, seu Pai; é isso que define a sua identidade. Para fazer parte da família de Jesus, é essencial ter a mesma atitude que Ele tem diante da vontade de Deus.
Vemos que desde o início do cristianismo os cristãos sentiram necessidade de responder à pergunta: “Quem é Jesus?”. Ainda hoje, na ação pastoral da Igreja, principalmente nas catequeses, é importante que todos os cristãos conheçam a identidade de Jesus, até mesmo para poderem estabelecer com ele uma relação de proximidade.
Fazer parte da família de Jesus é a vocação fundamental dos cristãos de todos os tempos. Por isso, são chamados a formar comunidade, que está centrada na pessoa de Jesus e que tem como única missão fazer a vontade de Deus em todas as circunstâncias da vida. É a isso que chama o Evangelho quando Jesus apresenta a sua verdadeira família: é quem faz a vontade de Deus e toma lugar ao redor de Jesus.
O método para estabelecer uma relação de familiaridade com Jesus passa necessariamente por seguir o seu exemplo: é Ele o primeiro a fazer a vontade de Deus, mesmo quando isso acarreta incompreensão e rejeição do seu ministério.
O cristão continua no mundo a missão de Jesus e tem como único horizonte fazer a vontade de Deus; esta é um dos pedidos do Pai Nosso, a oração que Jesus ensina a rezar: «Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu». Quando o cristão decide a seguir Jesus, isso implica necessariamente que renuncie ao mal e ao demónio.
Tal como Jesus estabelece uma clara separação entre o seu serviço e o poder de Satanás, desde o primeiro momento da vida cristã, os cristãos são chamados a renunciar a Satanás e a fazer a sua profissão de fé em Deus.

Deus abençoe a todos.