Missionários  em saída
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Após ter celebrado a Solenidade de Pentecostes, quando a Igreja recebe o ardor missionário e os Apóstolos saem para iniciar a pregação do Evangelho a todos os povos, vamos voltar nossos olhos para dois ícones da evangelização, Pedro e Paulo.
Pedro um homem de coragem e com uma grande impulsividade aos olhos humanos tinha tudo para não dar certo. Mas aos olhos de Jesus esse era o escolhido que tinha tudo para dar certo. Jesus, ao escolher, sabia que aquele homem de personalidade forte e rude seria o líder dos demais e tornaria-se a pedra sob a qual a Igreja se sustentaria em seu início. Hoje somos pastoreados por sucessores daqueles que foram escolhidos por Jesus, em memorável condição de viver o seu apostolado e depois propagá-lo, até que tudo que Jesus ensinou, chegasse a nós. Pedro, primeiro dentre os pastores do Povo de Deus por sua fidelidade, foi chamado a ser o primeiro Papa para a implantação do Reino de Deus, que as forças do inferno nunca vencerão.
Por outro lado, temos Paulo, um anunciador incansável, determinado e ousado. Um comunicador nato, que sempre esteve disposto a avançar no anúncio do Reino de Deus e, com isso, converter cada vez mais pessoas para o amor de Deus e a Jesus Cristo. Passou por um fascinante processo de conversão e depois de aceitar a Cristo, não mediu esforços para propagar o Evangelho.
Até agora temos a impulsividade de Pedro e a coragem de Paulo, que não se importaram com as consequências do anúncio do Evangelho. Foram gigantes mensageiro de Cristo. Então cabe uma pergunta: Com qual dos dois estilos de evangelização nos identificamos?
No início dos anos 2000, o Papa São João Paulo II, pedia aos cristãos católicos para que avançassem em águas mais profundas, a fim de que o Evangelho fosse conhecido por todos os povos. Nosso grande teólogo o Papa Bento XVI, nos fortaleceu na fé e nos conhecimentos teológicos para que fossemos cristãos com denso conteúdo e, assim, pudéssemos evangelizar com maior propriedade. Hoje temos o pedido do Papa Francisco, para que de forma sinodal, sejamos uma Igreja em saída, ouvido e acolhendo os pobres e a todos que ficaram pelo caminho. Não nos restam dúvidas, mas sim, a certeza de que a nossa Igreja é conduzida por grande timoneiro: o Espírito Santo.
Somos convidados a ser uma Igreja que sai do conservadorismo e levar Jesus Cristo além das divisas a que estamos acostumados a ficar. É preciso de sal, luz e fermento do Evangelho e assim como Pedro e Paulo, levar o anúncio do Reino de Deus a todos que nos circundam, fazendo com que o Evangelho seja conhecido e praticado pelo maior número de pessoas.
Como batizados tornamo-nos missionários e assim, não precisamos de um decreto ou documento para praticar a evangelização. Isso já nos foi dado por Jesus Cristo em sua ascensão aos céus, quando disse aos apóstolos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15)
Mirremo-nos no exemplo de Pedro e Paulo, para ser, com nosso testemunho, missionários de uma Igreja em saída e, assim, conduzir o povo para o redor da mesa eucarística, para que unidos ao Corpo e Sangue de Cristo, possamos evangelizar.